quinta-feira, agosto 14, 2008

Moscovo IV






Há mais pedintes nas ruas de Moscovo. Há mais «velhos miseráveis». Há, sobretudo, muitos seniores desprotegidos socialmente. Este é talvez o maior problema social da Rússia actual: os reformados do Estado Soviético, aqueles que ganham pouco mais de 100 € mas já não vivem num país onde o Estado planeou milimetricamente a vida do cidadão e, também por isso, não dispõem hoje em dia de uma rede de infra-estruturas que os apoie.
Os cidadãos moscovitas com mais de 60 anos têm uma vida muito difícil. Os mais novos, não se importam de ter dois e três empregos para conseguirem acompanhar o consumo desenfreado, patológico, que se vive hoje em Moscovo.
As grandes marcas estão muito bem representadas aqui em Moscovo, uma das três cidades onde a a Gucci, Chanel e Dolce & Gabbana mais vendem em todo o mundo.
Em plena Praça Vermelha, onde outrora os cidadãos soviéticos compravam, encontrámos os Armazéns do Povo, hoje os Gum, transformados no Centro Comercial mais caro da Rússia.
Se passearmos pelas ruas que circundam a Praça Vermelha, sobretudo do lado da entrada do Museu de História, perto do Bolshoi, encontramos as marcas distribuídas por quarteirões inteiros: Chanel, Louis Vuitton, Lacroix, e muitas outras. Mas também encontramos a Zara (mania) muito enraizada nas camadas mais jovens da população, uma loja fantástica da Esprit, enfim, o universo fashion espalhado pelos bairros mais in de Moscovo, todos concentrados no centro, rodeando a Praça Vermelha.




© Ana Paula Lemos








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