sábado, fevereiro 16, 2008

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Ler, ver e ouvir o mundo...


Encontro ler, ver e ouvir o mundo.


Uma iniciativa do projecto Europa em Movimento.


Programação do Encontro: Ana Paula Lemos


18:00 - Espaço da Câmara Municipal de Lisboa no Picoas Plaza.


Aberto ao público

quinta-feira, fevereiro 14, 2008


quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Curso Europa e Religiões

Terminamos o módulo do Hinduismo no próximo dia 28 de Fevereiro, 18:30, na Comunidade Hindu em Lisboa.

15 de Fevereiro - Forum Picoas - Picoas Plaza

Encontro ler, ver e ouvir o mundo. Uma iniciativa do projecto Europa em Movimento. Programação do Encontro: Ana Paula Lemos

18:00 - Espaço da Câmara Municipal de Lisboa no Picoas Plaza.

Aberto ao público

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Análise de Sérgio Hipólito...


A TURQUIA E O VÉU ISLÂMICO

Pouco a pouco, a Turquia vai retirando argumentos aos que rejeitam a sua adesão à União Europeia. Finalmente, a lei de 1989 que proíbe o uso de símbolos religiosos em qualquer edifício público vai ser revista. Devido a esta lei, várias mulheres foram afastadas do acesso ao ensino público pelo facto de utilizaram véu. Mas após um aceso debate político, que se estendeu aos vários quadrantes da sociedade turca, o Parlamento aprovou uma revisão constitucional para alterar aquela situação, o que constitui mais um firme passo rumo à modernização do sistema democrático turco.
A Turquia de hoje ainda tem muitas marcas do regime fundado por Ataturk em 1923. Embora, pela primeira vez, tenha sido instalada uma democracia formal, Ataturk governou de forma autoritária, contando com uma forte base de apoio no exército. Uma das maiores preocupações do fundador da República da Turquia consistia em ocidentalizar o país a todo o custo impondo, muitas vezes através da força, a secularização e alteração das tradições sociais. Foi com Ataturk que se iniciaram as tentativas de proibição do uso de véu, ao mesmo tempo que a utilização de vestes ocidentais era fortemente promovida.
O legado de Ataturk permaneceu no exército turco, que ainda hoje tem um poder muito grande na evolução política do regime, assegurando a defesa intransigente do nacionalismo e do secularismo. Por exemplo, em 1997, o exército moveu todas as suas influências (não apenas diplomáticas) e acabou por conseguir a resignação do primeiro-ministro de então, por considerar as suas posições demasiado pró-islâmicas.
A revisão da lei que proíbe o uso de véu em locais públicos constitui uma das mais antigas promessas do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), liderado por Recep Erdogan, que foi reeleito com maioria absoluta em 2007. Como seria de esperar, o projecto provocou um forte movimento de resistência nos meios laicos turcos, que afirmam que tal medida corrói os princípios laicos da Constituição da Turquia. De facto, Erdogan, um conservador islâmico, tem afrontado por várias vezes o secularismo autoritário dos militares. Desde que subiu ao poder em 2003, tem demonstrado o seu pragmatismo ao desejar a adesão à UE, sem nunca abdicar da especificidade da cultura turca, nomeadamente o seu cariz islâmico.
Mas analisar a questão por este prisma é não entender o que está em jogo. Sejamos claros: a nova lei de Erdogan veio pôr fim a uma discriminação absolutamente inaceitável. Ao longo destes anos, várias estudantes foram proibidas de frequentar a universidade por utilizarem símbolos islâmicos. Não se trata de uma afronta ao secularismo do Estado através da imposição de valores religiosos. Porque defender um Estado laico é muito mais do que querer separar o Estado e a religião: é, sobretudo, não impedir a utilização dos símbolos de fé de qualquer religião, desde que assumidos em total liberdade. A maioria das mulheres turcas usa véu, pelo que é mais do que justificado acabar com uma discriminação totalmente ultrapassada.
Mas na verdade, está em causa muito mais do que a simples utilização do véu. O fim da proibição constitui, de facto, um passo para a normalização da vida pública na Turquia, um país que se encontra entre dois continentes, entre dois mundos, mas cuja integração constitui, como já defendi, um desafio estratégico para a UE. É por isso que a União não pode ser neutra em relação à nova revisão constitucional. Porque o “nim” que tem sido dado aos pedidos de adesão da Turquia é, precisamente, uma das causas que sustenta o crescimento do radicalismo e do sectarismo no seio da democracia turca, e que afasta este país da órbita europeia. E o futuro da Europa passa inquestionavelmente pela Turquia.


Sérgio Hipólito

(mestrando Estudos Europeus)
11-02-2007

domingo, fevereiro 10, 2008

Curso Musica Europa Viva - Ópera - O Tempo e a Música


A Europa Viva em parceria com Jorge Rodrigues (autor do Programa Ritornello da Antena 2) e a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa vai promover um curso de música designado: Ópera, O Tempo e o Mundo


De 6 de Maio 2008 a 29 de Maio (terças e quintas - das 19:00 às 20:30)


Programa:


6 de Maio – A RESSURGÊNCIA CLÁSSICA

“Os textos das tragédias gregas são verdadeiros libretos de óperas” – Frederico Lourenço. O Modelo Clássico continuou a perseguir os compositores ao longo dos séculos: Gluck, Wagner

8 de Maio – UM VERDADEIRO “MODELO ITALIANO” (BRAUDEL) Para Braudel os séculos XVII e XVIII são os séculos da decadência do Modelo Italiano, que teria tido o seu auge no século XV. A ópera escapa a esse vórtice e influência a história)

13 de Maio – DOIS SÉCULOS AO SERVIÇO DO PODER Um espectáculo no qual se espelhou o Ancien Régime


15 de Maio – O TEATRO COMO PÚLPITO Ópera Barroca e Ópera Clássica


20 de Maio – O TEATRO COMO PRAÇA Ópera Romântica e Ópera Contemporânea


22 de Maio – VARIAÇÕES DE FOCAGEM A importância que os intérpretes vocais dos diferentes géneros, maestros, encenadores e compositores têm assumido ao longo dos tempos

27 de Maio – A ÓPERA EM PORTUGAL


29 de Maio - O ESPECTÁCULO MAIS AMADO; O ESPECTÁCULO MAIS ODIADO – O FIM DA ÓPERA?
De Tolstoi a Pierre Boulez, inúmeras vozes atacaram a ópera, mas muitas outras a defendem. Poderá a ópera assumir de novo um lugar central na cultura contemporânea?


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