sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Da Índia...

Desci a montanha rumo às planícies de Amritsar, para encontrar o Templo Dourado num mistura com a comunidade Sikhs...
Ana Claudia Gonçalves

Amritsar...

Os nossos viajantes chegaram a Amritsar...Depois de uma longa viagem pela Índia das Religiões...

Da Índia...

Foi num “embraer” com duas hélices e capacidade para pouco mais que 30 pessoas que chegámos a Gaggar- um pequeno aeroporto com os himalayas ao fundo, um ar respirável, uma temperatura de 22C e uma luz de fim de tarde que só podia ser auspiciosa.
Dali a Dharamshala eram poucos quilómetros, fizemo-lo de carro, mais uma vez com uma boa buzina, uns bons travões e muito boa sorte.
Em 100m de asfalto irregular podemos subir mais de 10m de altitude.
Conhecer o Budismo era o desafio, formulado de formas diversas na cabeça de cada um dos viajantes. A conferência proferida pelo Dr. Chok (ex-monge) e por um monge (em exercício) acendeu algumas luzes mas também trouxe muitas, outras, dúvidas, como aliás acontece sempre…
Tudo converge para esse sofrimento que todo o Homem enfrenta e que Buda quis conhecer e aliviar, recusando-se a definir o método como religião ou filosofia. Uma coisa é certa…Corpo, discurso, mente; causas e condições que provocam o fenómeno; amarras que só com muito conhecimento se soltam. Por isso também e por breves momentos nos exemplificaram o debate, com palmas e movimentos de corpo, que os monges estudantes normalmente praticam, dois a dois, nos pátios dos mosteiros como o de Namgyal, onde reside o Dalai Lama.
À entrada, uma foto registava o encontro ocorrido há poucas horas com Obama. A importância deste encontro é evidente depois de visitarmos o Museu que narra, eloquentemente, com recurso a fotos e textos densos, a luta com mais de 50 anos do povo do Tibete. Confiança e esperança são as mensagens latentes e intemporais daquele povo peregrino, acolhido pela índia.
A visita ao centro onde os refugiados trabalham (Instituto de Norbulingka) e a uma cerimónia de oração (Mosteiro de Tsechokling) foram complementares para a nossa percepção do que está em causa, mas foi particularmente tocante a visita ao orfanato de Nyingtob Ling. Ali estão recolhidos deficientes de famílias pobres do Tibete. Um lugar discreto onde a beleza e o trabalho de quem lá vive é enaltecida pela natureza que o envolve.
Atravessámos a montanha e chegámos agora a Amritsar, a cidade do templo dourado, a cidade dos Sikhs, dos massacres da partilha da India – outra etapa de que falarei mais tarde...
Ângelo Silveira

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Mitos da Cultura: Criação, Conhecimento e Amor

É o próximo tema do Seminário Permanente Saber Europa que tem inicio em Outubro próximo.
Teremos José Pedro Serra, Luís Carvalho, Carlos João Correia, Armindo Vaz, José Eduardo Franco, Anabela Ritta, Jorge Rodrigues, (...), como conferencistas.
Inscreva-se...

Influências do Judaísmo na cultura ocidental

Tem inicio no próximo dia 22 de Abril o módulo Influências do Judaísmo na cultura ocidental, um curso da responsabilidade de Esther Mucznik, promovido e organizado pela Europa Viva no âmbito do Seminário Saber Europa.

Calendário das conferências:
22 e 29 de Abril, 5 e 13 de Maio
às 19:00 - Espaço Europa Viva – Edifício C 7 – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa – Cidade Universitária

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Da Índia...


O ritmo da urbanidade das almas foi substituído por uma paz de natureza. Deixei o Islamismo da cidade e rumei às montanhas do norte, onde se abriga o Budismo Tibetano. "Acreditamos que a invasão é o karma colectivo do povo do Tibete" respondeu o Monge Tibetano na conferência do fim da tarde. Prodigiosa oportunidade.


Ana Claudia Gonçalves

Da Índia...


As mesquitas de Delhi, a maior da Índia, uma madrassa, um pano que cobre a cabeça, sorrisos iguais em crianças iguais, ternuras partilhadas, um ohar que não pode beber mais, inspiração num ideal de mundo uno, ritmo, cheiros de vida, cores de fé, gente, muita gente, eu aqui também. Tão cheia!!!

Ana Claudia Gonçalves
Fotos Ana Paula Lemos

Da Índia...

Foi com espanto que os viajantes Europa Viva, depois de 6.000km de viagem e 36 horas sem dormir ou a dormitar viram surgir por tras da porta norte do complexo, o Taj Mahal. É sempre mais do que esperamos, o cansaco ficou aliviado perante o deleite dos olhos. A historia do imperador Moghul que o manda construir como mausoleu para a sua amada, morta ao dar a luz o 14 filho e que quando pretende construir o simetrico, em marmore preto, do outro lado do rio, e aprisionado pelo filho numa fortaleza com vista para o tumulo da mae - Mumtaz Mahal que simplificou o povo para Taj Mahal.
O dia estava perfeito, a luz ideal e a celebrá-lo, milhares de casais indianos que como que vinham pedir o consentimento dos protagonistas de uma das mais belas historias de amor que os homens conhecem. A india é um pouco desta lenda a pedir para ser verdade. E a historia e o potencial da grandeza do homem.
Já em Delhi realizou-se a primeira conferência dedicada ao islamismo pelo presidente da Comunidade islamica da cidade que nos deu a honra da sua companhia para jantar.
Com saber, com inteligencia e com sabedoria expôs-nos os seus pontos de vista sobre o Islão no mundo e na India; falou das origens, dos principios e dos preceitos, das regras e das interpretações, por vezes, embaraçosas. Houve espaço para conversar, ou antes, trocar impressões, fazer perguntas que, apesar de não terem sido claramente respondidas, ou por isso mesmo, permitiram compreender pontos de vista e situar geograficamente as realidades dos Islão.
A Europa Viva deixou lhe um livro que dada a sua formacao de geografo e historiador nos pareceu adequado: Portugal, the first global village.
Hoje foi dia de conhcer alguns monumentos islâmicos da capital da India e de visitar uma madrasa situada em Old Delhi - um bairro imundo onde fervilham actividades de todos os tipos do talho ás sedas. Como sempre muitos rostos, muitos sorrisos. Uma escola onde ainda se levantam os alunos à chegada de estranhos, lembrando, como dizia uma viajante, que não é preciso muito para aprender. Acrescento eu, antes pelo contrario...
A casa onde morreu o mahatma Gandhi foi outra surpresa, com uma exposição multimedia que o tempo não permitiu que fosse vista com a calma desejada, mas que deixou em muitos o desejo de melhor conhecer a obra deste profeta do nosso tempo que fez da verdade e da nao violência seu epitafio.
Amanha deixamos Delhi rumo a Dharamshala.
Ângelo Silveira

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Da Índia...




Os nossos viajantes chegaram à Índia.
Como escreveu a Rosa nas primeiras noticias que enviou...não, não é uma viagem, são várias viagens...sentimo-nos despenteados...parece que estamos noutro Planeta...
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