sábado, junho 21, 2008

Europes - etimologia - várias; designação - outras




A Colecção Bouquins da Robert Lafont editou em 2000 um livro chamado Europes da autoria de Fabienne Durand-Bogaert e de Yves Hersant, uma antologia de textos críticos e comentados que reflectem a ideia de Europa da Antiguidade até ao século XX.
Se os agentes culturais e políticos conhecessem este livro, estou certa, teriam opinado acerca do não irlandês, sustentados noutro argumentário, talvez mais criativo intelectualmente e mais sério culturalmente, e não apenas debatendo ideias estafadas da politica vã, monocórdica e assustadoramente medíocre.
«Bien avant de devenir un grand marché, une communauté politique incertaine, une puissance diplomatique et militaire balbutiante, l’Europe a été une réalité culturelle et une idée régulatrice. Mais une réalité et une idée si riche, si contradictories, que les Européens d’aujourd’hui ont quelque peine à s’orienter dans une littérature qui les submerge…».
Sem comprometer a Direcção da Europa Viva a um texto de que a signatária é a única responsável, posso no entanto sustentar que uma das razões pelas quais nasceu a Europa Viva foi justamente para colocar no plano das suas actividades uma «outra» reflexão sobre a «coisa» europeia, independentemente do modo como lemos a construção do projecto politico consubstanciado na União.
Já é tempo de os europeus ouvirem falar da Europa cultural, da História europeia, da Música e da Geografia europeias. Se continuarmos a «vender» o projecto europeu apenas como o paradigma do mais perfeito «modelo social» alguma vez realizado pela ciência politica, ou como a metáfora do mercado forte, dentro de poucos anos nenhum cidadão europeu entre os 15 e os 40 anos, saberá discutir, analisar, reflectir ou comentar, a história do projecto europeu.
A geração que melhor o percebeu, na sua grande maioria, morreu. A guerra acabou há mais de sessenta anos, vivemos em liberdade, e uma grande parte dos cidadãos europeus só conhece o sistema democrático e regula a sua vida individual pelo critério da abastança.
Falta inventar a Europa Cultural. É aqui, neste conceito de Europa cultural, de tudo se joga. Espero que todos saibamos trabalhar em prol da implantação de uma agenda que confira dignidade à cultura como instrumento de coesão.



©Ana Paula Lemos


Mosaico Teatro Siracusa - Oresteia - Agamemnon











Sem título - Roma - Junho de 2008







Teatro Siracusa - Agamemnon

Passatempo Europa Viva - pergunta 21


Pergunta 21 - Passatempo Europa Viva - 3º aniversário


Qual foi o ultimo império europeu?


sexta-feira, junho 20, 2008

Mosaicos da Magna Grécia






Passatempo Europa Viva - pergunta 20


Passatempo 3º Aniversário - Pergunta 20


Qual das duas grandes guerras causou maior número de mortos: a I ou a II Guerra Mundial?

quinta-feira, junho 19, 2008

Teatro na Grécia Antiga...fim de uma viagem indizível...

Concluímos mais um programa inscrito no projecto Europa em Movimento, desta feita, dedicado às matrizes culturais europeias sob o signo do teatro grego. Para uma Associação Cultural com o objectivo da Europa Viva - promover, reflectir e difundir a cultura europeia - de facto, este programa, encarna na pleinitude a nossa missão estatutária.
Mas a viagem à Magna Grécia foi ainda indizível porque:
1. Levámos connosco um dos maiores classissistas portugueses - o professor José Pedro Serra;
2. Porque o tema da viagem (O Teatro na Grécia Antiga) obrigou-nos a revistar a Magna Grécia ainda tão bem ilustrada na Sicília, sobretudo em Segesta, Selinunte, Agrigento e Siracusa;
3. Porque revisitar o teatro grego com uma tragédia como a Oresteia em Siracusa é um acontecimento cultural único.
Obrigada a todos os que contribuiram para que este programa fosse possível. Ao professor José Pedro Serra a nossa imensa gratidão pela generosidade da partilha do seu património humano e cultural.

Passatempo Europa Viva - pergunta 19



Passatempo Europa Viva - pergunta 19

Como se chama o primeiro português Presidente da Comissão Europeia?

quarta-feira, junho 18, 2008

Passatempo Europa Viva - pergunta 18



Passatempo Europa Viva - pergunta 18

Em que ano foi fundada a mais antiga Universidade Europeia e como se chama essa Universidade?

terça-feira, junho 17, 2008

Agora em Roma

Ao contrário de Siracusa, onde o Sol todas as manhãs iluminava os nossos corpos, aqui em Roma, a chuva alterna com o Sol e entre os desejos de um e vontade de triunfar do outro vamos palmilhando Roma de lés a lés, na esperança de encontrarmos o melhor itinerário, restaurante, hotel, através do qual construiremos o programa das Matrizes Culturais Europeias em 2009.
Roma é uma cidade onde nos perdemos com tudo o que está fora de nós. Não sabemos para onde olhar: para a Igreja? Para aquele recanto que cruza com uma fachada de Bernini ? Para as lojas? Para os homens e mulheres? Para as praças? Jardins?
O efeito de querermos olhar para tudo simultâneamente deixa-nos bolímicos.
Hoje dedicámos o nosso dia a Caravagio e ao Extase de Santa Teresa de Jesus (Igreja de Santa Maria da Vitória) que Berbini esculpiu naquela que é considerada a mais nobre peça de escultura alguma vez talhada em mármore.
Espantam-nos os argumentos de quem ousa reflectir a Europa e o seu pensamento sem valências tão determinantes com o património legado pela cristandade: sejam os seus patriarcas, os seus exegetas, os seus missionários ou os seus artistas. Mesmo na obra de Caravaggio o que ficou de substâncial não é o retrato do sentir autêntico e profundo da Cristandade? Todos se lembrarão da narrativa da Conversão de S.Mateus...
Mas foi na Vila Farnesina que repousámos o nosso olhar sobre um dos mais belos frescos do Renascimento pintados por Rafael, Peruzzi e Piombo. De todos eles ficou para sempre gravado na minha memória o beijo dado por Júpiter ao Amor: indizível de tanta beleza.

Mosaico do Teatro na Grécia Antiga


Cenário do Agamenon no Teatro de Siracusa
2008

Passatempo Europa Viva - pergunta 17



Passatempo Europa Viva - pergunta 17

Quais são os dois maiores centros de peregrinação da cristandade europeia?

segunda-feira, junho 16, 2008

Fim

Lembro-me dos filmes italianos que durante os anos 50 e 60 fizeram história na Europa, retratando com rigôr a Itália daquele tempo e o pensamento critico dos autores italianos sobre a Itália e o seu tecido social.
Hoje, já em Roma, visitávamos nós a Igreja de S.Agostinho, respondendo ao desafio do Prof Carreira das Neves para mais um programa de matrizes - Padre António Viera e Roma - quando ao sair da Igreja, qual não é o nosso espanto e deparamo-nos com uma imensa produção cinematográfica numa das frontes laterais deste belo templo cristão.
Uma página do La Republica esclarecia-nos: a Columbia filma algumas cenas do Código do Senhor Brown aqui em Roma em algumas das várias Igrejas que inundam a cidade. Roma e a Igreja estão furiosos com Los Angeles.
A viagem à Sicília foi absolutamente fantástica. Nós ficámos em Roma para preparar mais um itinerário para 2009. Roma é uma cidade inesgotável...

Passatempo Europa Viva - pergunta 16



Passatempo Europa Viva - pergunta 16

Indique três condições essenciais para que um país se possa candidatar à União Europeia.

domingo, junho 15, 2008

Mosaico das matrizes







E Taormina ?

Levava na memória algumas centenas de páginas com que a literatura europeia festeja Taormina, uma cidade recortada por uma baía imensa, bela, muito bela mesmo, esplanada no cume de uma montanha...
Mas Taormina é uma cidade linda inundada de turistas, nesta altura da vida politica italiana, um espaço muito desejado pelos políticos em campanha eleitoral para as «autárquicas» sicilianas, daí ocupada nas suas artérias mais importantes por várias manifestações politicas como comícios na sua pequena rua principal, Umberto VII, e invadida por artistas do mundo inteiro que chegaram para o Festival de Cinema que começa hoje no lugar do anfiteatro grego sob a baía de Taormina.
Lembrámo-nos de vários lugares registados na nossa geografia de alma. Talvez a cidade do Funchal vos possa ajudar a compreender a beleza natural desta cidade. Falta ao Funchal, no entanto, o charme de Taormina... os antiquários, as joalharias, e sobretudo, a vontade dos políticos locais em não deixar destruir o centro histórico desta pequena cidade siciliana.
Falaremos depois com mais tempo sobre Taormina.

Do Etna

O Etna é um lugar mágico, particularmente silencioso, frio, com uma paisagem lunar tradicional. Na base da montanha as flores florescem e traduzem com uma imensa exuberância o ciclo vital da transformação cósmica.
Do lugar onde pudemos chegar não viamos com nitidez o cume do Etna mas identificávamos bem o vapor saindo da sua cratera. Outras crateras antigas, essas sim, estavam muito próximas do nosso olhar.
Nessa noite em Taormina, do outro lado da encosta, aí, sim, seguimos o carreiro cor de fogo que a lavra do Etna fazia lá de cima até relativamente a meio da sua magna altura.
Vimos uma grande equipa de escuteiros, e alguns apaixonados da montanha, escalando alguns quilómetros duros do Etna. Mais do que o terreno dificil o que mais nos impressionou era o modo com os escaladores enfrentavam e ultrapassavam a poeira que os carros provocavam no transporte dos visitantes de um lado ao outro da montanha.
O Etna foi sem dúvida um dos momentos mais importantes do nosso programa de viagem.

Passatempo Europa Viva - pergunta 15



Passatempo Europa Viva - pergunta 15

Qual é a superfície da União Europeia?

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