sábado, dezembro 15, 2007

A Ideia de Europa - George Steiner

«Duas guerras mundias, que, na verdade foram guerras civis europeias, conduziram esta intimação ao ponto da ebulição. Daí o Apocalipse moderno de Os Ultimos Dias da Humanidade, de Karl Krauss. Entre Agosto de 1914 e Maio de 1945, de Madrid ao Volga do círculo árctico à Sicilia, calcula-se que cem milhões de homens, mulheres e crianças tenham perecido devido à guerra, à fome, à deportação e à chacina étnica. A Europa Ocidental e a Russia Ocidental tornaram-se casas de morte, cenários de uma bestialidade sem precedentes, seja ela a de Auschwitz ou a do Gulag. Mais recentemente o genocídio e a tortura regressaram aos Balcãs. À luz - dever-se dizer às trevas? - destes factos, torna-se quase uma obrigação moral acreditar no termo da ideia europeia e das suas habitações. Com que direito deveríamos sobreviver à nossa própria humanidade suícida?»

In A Ideia de Europa
Steiner, George
Gradiva

Portfolio Lurdes Lurdes Fidalgo e Ana Tereso




Edgar Morin e a Cultura e Barbárie Europeias

«No que diz respeito à Europa, devemos evitar a todo o custo a boa consciência, dado esta ser sempre uma falsa consciência. O trabalho da memória deve deixar refluir para nós a obsessão das barbáries: servidão, tráfico de negros, colonizações, racismos, totalitarismos nazi e soviético. Esta obsessão, integrando-se na ideia de Europa, faz com que integremos a barbárie na consciência europeia. Esta é uma condição indispensável se queremos superar novos perigos de barbárie. Mas como a má consciência também é uma falsa consciência, o que nos falta é uma dupla consciência. Na consciência da barbárie deve integrar-se a consciência que a Europa produz, pelo Humanismo, pelo universalismo e pela ascensão progressiva de uma consciência planetária, os antídotos para a sua própria barbárie. Esta é a outra condição para superar os riscos, sempre presentes, de novas e piores barbáries. Nada é irreversível e as condições democráticas humanistas devem regenerar-se permanentemente para não degenerarem. A democracia tem necessariamente de se recriar em permanência. Pensar a barbárie é contribuir para a regeneração do humanismo. Logo é resistir-lhe.»

In Morin, E. (2005). Cultura e Barbárie Europeias p. 72-73 (Edições Piaget)

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Estamos a contruir real...


Porfolio Lurdes Fidalgo

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Nota da Direcção - 13 de Dezembro 2007

Também nós estamos a comemorar as celebrações do Tratado de Lisboa. Ao tomarmos a iniciativa de convocar a Academia da Universidade de Lisboa, nomeadamente a Licenciatura de Estudos Europeus e os mestrados para assistir à exibição do filme Waiting for Europe, realizado por Chrsitinne Reeh, vencedora do Prémio Erasmus EuroMedia Awards 2007, estamos também a associar-nos à festa, à festa da comemoração do Tratado de Lisboa, a festa do projecto europeu mais perfeito que a ciência politica soube realizar. Claro que muita coisa está ainda por fazer. Os projectos são isso mesmo, construções temporais do pensamento individual ou social. Mas hoje não é um dia para chamarmos a atenção do que falta fazer. Hoje é um dia para celebrarmos o que já fomos capazes de fazer.
A Europa Viva nasceu para produzir real na ajuda à construção do projecto europeu e na promoção e difusão da cultura europeia e dos seus valores, dos valores da cidadania e da solidariedade social.
Hoje, dia 13 de Dezembro, o nosso contributo para a promoção, difusão e reflexão da cultura europeia, foi tornarmo-nos uma plataforma de afirmação de jovens criadores, ao darmos visibilidade a uma das cineastas europeias do futuro, Christinne Reeh, e ao convocarmos a massa critica do futuro, a academia, a reflectir no projecto europeu.
Não tenham dúvidas: o projecto europeu é o mais facinante projecto politico realizado pela contemporaneidade.



Juntos - 50 anos - Tratado de Lisboa

Perguntas sobre a UE? Ligue para o número verde 00800 67891011

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Waiting for Europe...13 de Dezembro, 2007


Estamos à vossa espera, dia 13 de Dezembro, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa, ás 21:00 para assistirmos à apresentação dos Prémios Erasmus Euromédia Awards 2007 e à exibição do filme vencedor Waiting for Europe, seguido de debate.
Trata-se de mais um iniciativa da Europa Viva em parceria com a Licenciatura de Estudos Europeus, no dia em que se celebra a assinatura do Tratado de Lisboa.

Texto de Sérgio Hipólito...


“A QUEDA” E O LUGAR DA HISTÓRIA EUROPEIA

Os europeus demoraram séculos até poderem apresentar a liberdade e a tolerância como dois dos valores fundamentais da alma europeia. Na verdade, esse é um dos “milagres” garantidos pelo projecto comunitário. Há pouco mais de 60 anos, a Europa sentia na pele o mais brutal conflito da história de toda a humanidade. Muitos dos que presenciaram directamente esse conflito estão ainda vivos e jamais se esquecerão da sua magnitude, da destruição à sua volta e das provações a que foram submetidos.
Já para os mais novos, a 2ª Guerra Mundial não passa de mais um capítulo dos livros de História. E com as actuais políticas educativas, que privilegiam o ensinar muito e não o ensinar bem, não há tempo para que as questões sejam pensadas e analisadas segundo diferentes perspectivas. É interessante ver como aquele período histórico é apresentado aos alunos. Em linhas gerais, retrata-se a forma como Hitler e o seu partido nazi subiram ao poder, os planos que tinham para dominar toda a Europa e o início da guerra. A partir daqui parte-se para um descrição detalhada dos dados mais horrendos do Holocausto: a política de extermínio dos judeus, os campos de concentração, os trabalhos forçados, a utilização de câmaras de gás.
Depois de tomarem contacto com imagens e factos do período nazi, poucos jovens conseguem deixar de olhar para a figura de Hitler como um monstro. É por isso que considero que “A Queda” é daqueles filmes que deveria ser obrigatório mostrar em todas as escolas. Além de ser a prova de que o cinema europeu nada deixa a desejar ao americano, é um filme totalmente diferente do que poderíamos esperar. Nele retrata-se, naturalmente, um Hitler descontrolado e brutal, que jamais aceita que o exército vermelho vai conseguir conquistar Berlim, que se regozija por ter livrado o seu país do sangue judeu e que despreza claramente a vida dos alemães que tanto dizia admirar. Até aqui, nada de novo.
Mas o que torna este filme tão curioso é o facto de, pela primeira vez, ter sido destacado o outro lado de Hitler. Em “A Queda”, o Fuhrer (magnifica interpretação de Bruno Ganz) também gosta de música erudita e desculpa de forma compreensiva os erros da sua secretária, pois ele próprio também se engana. Ou seja, o que o filme nos mostra é que tudo pode acontecer de novo: aqueles actos sangrentos e brutais, que criaram uma profunda ferida na Europa, foram afinal feitos por alguém que, em certos momentos, também tinha algumas atitudes humanas. E bastou que as ideias de uma mente tortuosa com a de Hitler não fossem levadas a sério, desde o início, para que acontecesse o período mais negro da história europeia.
E esta é uma mensagem profundamente útil para o futuro. Os europeus têm de lutar diariamente pela preservação da liberdade e da tolerância se querem continuar a construir este projecto que lhes garante a paz há 50 anos. Arrumar Hitler na gaveta, pensando que a história não se irá repetir, pode ser um erro com resultados muito perigosos. De facto, não é preciso uma excepcionalidade inumana para que a Europa volte a ser palco das atrocidades mais inimagináveis. A questão não se resume só ao lado sombrio da natureza humana quando alcança o poder absoluto. É que os instintos totalitários estão profundamente entranhados na mentalidade e filosofia europeias, como, por exemplo, em Rousseau, Maquiavel ou Nietzsche. Porque a linha que separa o mal absoluto e o humanismo é muito mais fina do que imaginamos.




Sérgio Hipólito


(mestrando Estudos Europeus)


Estagiário da OIT em Lisboa

Curso Europa e Religiões - Ortodoxia



Concluimos mais uma lição no âmbito do módulo do cristianismo. Ontem foi a vez de conhecermos a Ortodoxia, a sua história, a hierarquia e alguns dos seus ritos.


Dia 18 de Dezembro ás 18:30, na FLL, sala 5.2, terminamos o módulo do cristianismo, como o catolicismo, com uma lição proferida pelo Dr. Tomáz Ferreira.

terça-feira, dezembro 11, 2007

Porto - Foz - Porfolio Clara Freitas


Ano Europeu para o Diálogo Intercultural 2008


A Europa Viva é entidade participante do Ano Europeu para o Diálogo Intercultural 2008, corolário do seu trabalho nas áreas dos programas Europa e Movimento e Curso Europa e Religiões.


segunda-feira, dezembro 10, 2007

Memória, memorial...Berlim


Portfolio Lurdes Fidalgo

Curso Europa e Religiões - 11 de Dezembro - Ortodoxia

Dia 11 de Dezembro de 2007

O módulo do cristianismo do Curso Europa e Religiões prossegue com a lição sobre Ortodoxia.
Marcamos encontro uma vez mais na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa ás 18:30 no Anfiteatro III.

Viagem a Roma - A Influência da Biblia na Cultura Europeia




Vamos a Roma de 15 a 21 de Março de 2008. Trata-se de uma viagem muito especial. Armindo Vaz, biblista e professor da Universidade Católica, exegeta conhecido, preparou para os associados da Europa Viva um encontro com as matrizes culturais europeias. Um encontro único, traduzido num programa pensado, estudado e estruturado, para que possamos perceber de uma maneira clara o impacto do Biblia nas expressões culturais da Europa, nomeadamente a nível da arte e da música.


O padre e professor Armindo Vaz acompanha a viagem e preparou para o efeito 3 conferências que serão proferidas respetivamente em Roma e MonteCassino - lugar onde nasceu S.Bento, o padroeiro da Europa e fundador da Ordem Beneditina.

domingo, dezembro 09, 2007


Cronologia da Europa - Antiguidade (parte 1 )

Antiguidade

IX a.c. : Poemas homéricos

776 : Fundação dos Jogos Olimpicos na Grécia

753: Data tradicional da fundação de Roma

cerca de 750: Inicio da colonização grega do Ocidente - Théogonie de Hesíodo

cerca de 660: Fundação de Bizâncio

509: Nascimento da Republica Romana

507: Reforma democrática de Atenas (Clistenes - Pai da Democracia ateniense)

490-449: Guerras médicas entre gregos e o Império Persa

475: Inicio da expansão céltica

472: Os Persas de Ésquilo

cerca de 446: Heródoto fixa-se em Atenas

429: Morte de Péricles

Europes, Yves Hersant e Fabienne Durand-Bogaert
Robert Lafont

Está atento...poema de Gonçalo M.Tavares

Está atento

Encosta o ouvido à árvore.
O pássaro testa os limites
da etimologia.


in 1, Gonçalo M.Tavares, Relógio de Água

Natal em Berlim...portfolio Lurdes Fidalgo







Europa e Religiões - Curso


Pastor Dimas de Almeida no módulo protestantismo.
Dia 12 lá estaremos, uma vez mais na FLL para a palestra sobre ortodoxia.
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