sábado, março 03, 2007
sexta-feira, março 02, 2007
quinta-feira, março 01, 2007
Darjeeling - Calcuta
Ontem, ultimo jantar em Calcuta, os viajantes quiseram agradecer a Europa Viva na pessoa do Angelo Silveira, aquilo que muitos consideraram uma viagem inesquecivel. Claro que eu deveria ser a ultima pessoa a partilhar convosco este sentimento, porque estar por dentro da organizacao de uma viagem implica uma analise critica apurada e sobretudo o mais objectiva e sistematizada possivel, mas tambem eu reitero o sentir de todos os viajentes:ESTA VIAGEM TEM SIDO EXCEPCIONAL!!!
Conhecemos uma India plural: das grandes metropoles (Deli e Calcuta - uma e outra com mais de 12 milhoes de habitantes, Calcuta por exemplo durante o dia tem em media 20 milhoes de habitantes para uma populacao estavel que varia entre 12 a 15 milhoes) mas ao mesmo tempo fomos ao encontro da India rural, eminentemente budista, no Sikkim, um Estado da India muitissimo mais desenvolvido, ja com infraestruturas muito importantes, como hospitais, acesso universal a educacao, e com uma taxa de desenvolvimento anual de 10%.
Grandes personalidades da vida publica indiana falaram ao grupo dos viajantes Europa Viva atraves de conferencias muito bem preparadas: destaco a conferencia do editor chefe do jornal The Telegraph que nos falou de Calcuta e da sua historia, do seu papel na vida intelectual da India...
Calcuta e a cidade mais ocidental das que visitamos. Nao fosse a poluicao sonora e a escala da cidade ser-nos-ia particularmente agradavel.
Darjeeling e uma zona onde triunfa o belo e onde o humano se esfuma completamente na ecologia da regiao. Uma paisagem assombrada e assombrosa. Montanhas do tamanho do ceu, abismos incalculaveis de beleza, lenta existencia, enfim, o belo na sua manifestacao sublime...
Deixo-vos com a magistral beleza da India, porque da India ou se gosta muito ou nao se gosta nada. Para mim tem sido um imenso laboratorio do humano. Tenho dito inumeras vezes que nao consigo olhar senao para os milhoes de seres humanos que diariamente se cruzam comigo na rua.
Nao fosse a poesia de Tagore e Calcuta poderia tornar-se o grito obscuro da voz humana.
Conhecemos uma India plural: das grandes metropoles (Deli e Calcuta - uma e outra com mais de 12 milhoes de habitantes, Calcuta por exemplo durante o dia tem em media 20 milhoes de habitantes para uma populacao estavel que varia entre 12 a 15 milhoes) mas ao mesmo tempo fomos ao encontro da India rural, eminentemente budista, no Sikkim, um Estado da India muitissimo mais desenvolvido, ja com infraestruturas muito importantes, como hospitais, acesso universal a educacao, e com uma taxa de desenvolvimento anual de 10%.
Grandes personalidades da vida publica indiana falaram ao grupo dos viajantes Europa Viva atraves de conferencias muito bem preparadas: destaco a conferencia do editor chefe do jornal The Telegraph que nos falou de Calcuta e da sua historia, do seu papel na vida intelectual da India...
Calcuta e a cidade mais ocidental das que visitamos. Nao fosse a poluicao sonora e a escala da cidade ser-nos-ia particularmente agradavel.
Darjeeling e uma zona onde triunfa o belo e onde o humano se esfuma completamente na ecologia da regiao. Uma paisagem assombrada e assombrosa. Montanhas do tamanho do ceu, abismos incalculaveis de beleza, lenta existencia, enfim, o belo na sua manifestacao sublime...
Deixo-vos com a magistral beleza da India, porque da India ou se gosta muito ou nao se gosta nada. Para mim tem sido um imenso laboratorio do humano. Tenho dito inumeras vezes que nao consigo olhar senao para os milhoes de seres humanos que diariamente se cruzam comigo na rua.
Nao fosse a poesia de Tagore e Calcuta poderia tornar-se o grito obscuro da voz humana.
De novo...Calcuta
Chegamos ao ultimo dia da nossa viagem. Quisemos partilhar convosco passo a passo o itinerario do Gosto do Cha mas em Darjeeling e em Calcuta a ausencia de meios tecnicos impediu-nos de concretizar o plano inicial. So hoje conseguimos entrar no blog...
Estamos de partida. Pelas 14 horas (8:00 em Portugal) antes de embarcarmos para Deli (donde sairemos amanha de madrugada rumo a Londres) iremos prestar uma homenagem a Madre Teresa de Calcuta junto ao seu tumulo. Uma homenagem simples mas muito desejada por todos os viajantes. De seguida partiremos rumo ao aeroporto e pela 17:00 locais embarcamos com destino a Deli onde ainda jantaremos.
Ontem o dia foi intenso, pela manha passemos de barco pelo afluente do rio sagrado (todos os dias aqui na India sao intensos) e visitamos a maior feira do livro da Asia espalhada pelas ruas de Calcuta.
Claro que sentimos o pulsar da India profunda...nas margens do rio assistimos ao ritual do crematorio, a sacralizacao do corpo e a purificacao da alma atraves de uma agua tao misteriosamente suja quanto eficazmente purificadora segundo sentir deste povo.
Na India e particularmente em Calcuta uma pessoa so consegue estar e viver exercitando o supremo valor do respeito pelo Outro - isto e, o absolutamente diferente - senao, nada neste pais faz sentido.
Creio que nenhum europeu deixara a India sem transportar consigo a chamada questao ontologica essencial - que sentido para o humano?
Na India a diversidade e a caracteristica dominante e o singular esbate-se num sentir colectivo. A rua e o prolongamento do espaco privado e o espaco publico uma manifestacao da vontade de todos os homens: por isso, na India as estradas sao passeios e os passeios lugares por excelencia de comercio.
Calcuta e tao desesperadamente ruidosa quanto profundamente humana. Tudo na India e excessivo apesar dos indianos serem homens e mulheres discretissimos e silenciosos. Aqui em Calcuta como em Deli ou no Sikkim ou no Darjeeling o paradoxo e a carateristica essencial do tecido social.
Estamos de partida. Pelas 14 horas (8:00 em Portugal) antes de embarcarmos para Deli (donde sairemos amanha de madrugada rumo a Londres) iremos prestar uma homenagem a Madre Teresa de Calcuta junto ao seu tumulo. Uma homenagem simples mas muito desejada por todos os viajantes. De seguida partiremos rumo ao aeroporto e pela 17:00 locais embarcamos com destino a Deli onde ainda jantaremos.
Ontem o dia foi intenso, pela manha passemos de barco pelo afluente do rio sagrado (todos os dias aqui na India sao intensos) e visitamos a maior feira do livro da Asia espalhada pelas ruas de Calcuta.
Claro que sentimos o pulsar da India profunda...nas margens do rio assistimos ao ritual do crematorio, a sacralizacao do corpo e a purificacao da alma atraves de uma agua tao misteriosamente suja quanto eficazmente purificadora segundo sentir deste povo.
Na India e particularmente em Calcuta uma pessoa so consegue estar e viver exercitando o supremo valor do respeito pelo Outro - isto e, o absolutamente diferente - senao, nada neste pais faz sentido.
Creio que nenhum europeu deixara a India sem transportar consigo a chamada questao ontologica essencial - que sentido para o humano?
Na India a diversidade e a caracteristica dominante e o singular esbate-se num sentir colectivo. A rua e o prolongamento do espaco privado e o espaco publico uma manifestacao da vontade de todos os homens: por isso, na India as estradas sao passeios e os passeios lugares por excelencia de comercio.
Calcuta e tao desesperadamente ruidosa quanto profundamente humana. Tudo na India e excessivo apesar dos indianos serem homens e mulheres discretissimos e silenciosos. Aqui em Calcuta como em Deli ou no Sikkim ou no Darjeeling o paradoxo e a carateristica essencial do tecido social.
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