sábado, maio 10, 2008

Tema: Protocolo (sede) Europa Viva / Compares

Nota da Direcção - Protocolo de Cooperação entre a Europa Viva e a Compares

A memória das instituições é o resultado de todos os factos, acontecimentos, pensamentos, actos, (...) que ao longo do tempo vão dando corpo à missão na qual se consubstânciou uma ideia.
A Europa Viva nasceu para «produzir real» na promoção, divulgação e reflexão da cultura europeia, dos valores da cidadania e da solidariedade social.
Há três anos (nascemos juridicamente no dia 15 de Julho de 2005) que actuamos no tecido social de um modo absolutamente autónomo, porquanto ainda não recebemos um único € vindo do exterior.
A nossa missão é promover, difundir e reflectir a cultura europeia através de todas as linguagens criativas: musica, literatura, video, cinema, jornalismo literário, pintura, artes performativas, e muitas outras.
E para nós fazem parte da cultura europeia disciplinas tão variadas como a história, a geografia, antropologia, sociologia, politica, economia, o direito, a religião, e tantas outras.
Dissemos desde o primeiro dia que a nossa missão também passa por um contributo activo na ajuda à edificação do projecto europeu (EU).
Aliás, sempre incorporámos afectivamente na nossa missão o facto da Comissão Europeia estar a ser liderada por um português. Escolhemos o dia 12 de Janeiro de 2005 para nos apresentarmos à sociedade civil, justamente porque Durão Barroso fazia nesse dia a sua primeira grande intervenção cultural, e fizemo-lo na Comissão Europeia deixando assim claro que a Europa Viva não era nem seria um elemento dissonante de realização deste grande empreendimento politico, económico e social (EU).
Mas a nossa missão não se esgota no contributo cultural ao projecto europeu embora acreditemos que a cultura é o mais forte e eficaz instrumento de coesão para a consolidação do projecto europeu (EU).
As nossas preocupações assentam fundamentalmente em seis questões:
- matrizes culturais europeias;
- construção do pensamento europeu;
- identidade europeia;
- valores europeus;
- cidadania europeia;
- a Europa e o mundo;
E foi para estudar, reflectir, promover e divulgar estas temáticas que nascemos e criámos os nossos projectos.
Porém, as nossas actividades tiveram três anos limitadas ao facto de não termos uma sede física. E embora continuemos sem ter a «nossa» sede já podemos, no entanto, ir um pouco mais longe na dinâmica criativa da nossa missão, desde que assinámos (09.05.2008) o Protocolo de Cooperação com a Compares, Associação Internacional de Estudos Ibero-Eslavos, com quem temos a honra de partilhar o espaço da sua sede como se fosse também nossa.
Sabemos que esta possibilidade de partilhar em cooperação um espaço que a Reitoria da Universidade de Lisboa cedeu aos investigadores da cultura ibero-eslava aumenta-nos a responsabilidade: económica e social.
Mas queremos deixar aqui muito claro o seguinte: tudo faremos para aporoveitar ao máximo este previlégio e edificar uma sólida partilha com quem nos proporcionou este (grande) passso de crescimento.
Esperemos que a nossa memória registe este acontecimento como um grande facto histórico na vida da Europa Viva.
Queremos por isso agradecer à Professora Teresa Ferreira a confiança que desde o primeiro dia depositou neste projecto.
E à Direcção da Compares o nosso muito obrigado por esta oportunidade de crescimento.

Assinatura do Protocolo Europa Viva /Compares - sede





No dia 9 de Maio de 2008 a Europa Viva e a Compares, Associação Internacional de Estudos Ibero-Eslavos, assinaram um protocolo de cooperação que consiste na partilha do espaço da Compares pela Europa Viva para realização de conferências, seminários, reuniões, workshops, e as diversas actividades tendentes ao cumprimento da missão da Europa Viva.
Assinaram o Protocolo pela Europa Viva:
Ana Paula Lemos e Beatriz Gama Lobo, respectivamente Presidente e Tesoureira.
Pela Compares: Beata Cieszinska e José Eduardo Franco, respectivamente, Presidente e Vice-Presidente.

sexta-feira, maio 09, 2008

Curso de Cultura Musical - Ópera, o Tempo e o Mundo

A Ópera é seguramente uma das disciplinas criativas que melhor nos permite falar de cultura europeia: de história, da arquitectura, da escultura, da música, enfim, de cultura europeia.
Este curso, que Jorge Rodrigues preparou para a Europa Viva é o nosso contributo para as comemorações do dia da Europa, 9 de Maio, e sobretudo a manifestação da nossa convição de que a Europa é lembranda divulgando a sua cultura e promovendo os seus valores.
Se há matéria através da qual podemos comemorar um projecto comum, a Ópera é concerteza um dos temas previligiados para essa missão.
Aqui fica o programa do curso que Jorge Rodrigues concebeu para a Europa Viva :
A RESSURGÊNCIA CLÁSSICA

“Os textos das tragédias gregas são verdadeiros libretos de óperas” – Frederico Lourenço.
O Modelo Clássico continuou a perseguir os compositores ao longo dos séculos: Gluck, Wagner)

UM VERDADEIRO “MODELO ITALIANO” (BRAUDEL)
Para Braudel os séculos XVII e XVIII são os séculos da decadência do Modelo Italiano, que teria tido o seu auge no século XV. A ópera escapa a esse vórtice e influência a história)

DOIS SÉCULOS AO SERVIÇO DO PODER
Um espectáculo no qual se espelhou o Ancien Régime

O TEATRO COMO PÚLPITO
Ópera Barroca e Ópera Clássica

O TEATRO COMO PRAÇA
Ópera Romântica e Ópera Contemporânea

VARIAÇÕES DE FOCAGEM
A importância que os intérpretes vocais dos diferentes géneros, maestros, encenadores e compositores têm assumido ao longo dos tempos

A ÓPERA EM PORTUGAL

O ESPECTÁCULO MAIS AMADO; O ESPECTÁCULO MAIS ODIADO – O FIM DA ÓPERA?

De Tolstoi a Pierre Boulez, inúmeras vozes atacaram a ópera, mas muitas outras a defendem. Poderá a ópera assumir de novo um lugar central na cultura contemporânea?
Quem estiver interessado em participar ainda pode fazê-lo. Consulte o nosso site, www.europaviva.eu, e lá encontrará toda a logistica do curso.

quinta-feira, maio 08, 2008

Os Velhos do Restelo...


quarta-feira, maio 07, 2008

Cultura Clássica

O Canto do Aedo
(I. 325-355)

«No meio cantava o ilustre aedo, e eles, em silêncio,
escutavam sentados. Cantava o regresso funesto
dos Aqueus, que, de Tróia, lhes outorgara Pala Atena.
Do andar de cima, ouviu o canto inspirado
A filha de Ícaro, a sensata Penélope.
Desceu pela alta escadaria do seu palácio,
Porém não sozinha: seguiam-na duas aias suas.
Quando a mais divina das mulheres se acercou
dos pretendentes, deteve-se junto ao pilar do tecto bem construído,
com os véus brilhantes sobre as faces.
De cada lado assistia-se a uma aia delicada.
Então dirigiu-se, com lágrimas ao divino aedo:
“Fémio, muitos são os feitos de homens e deuses
que sabes, para deleite dos mortais, e que celebram os aedos.
Canta-lhes aqui um desses! E eles que bebam
em silêncio. Mas cessa esse canto doloroso,
que sempre me dilacera o coração no peito,
já que sobre mim desceu uma dor sem tréguas:
Tais as saudades que tenho do homem que sempre me lembra,
e cuja glória é vasta na Hélade e no meio da Argólida».

………………………………………………………………

Trad.: Maria Helena da Rocha Pereira

Curso de Cultura Musical - Ópera, o Tempo e o Mundo

Dia 8 de Maio às 19:00 iniciamos o Curso de Cultura Musical, Ópera - o Tempo e o Mundo, uma iniciativa e organização Europa Viva com Jorge Rodrigues, o autor do programa Ritornello da Antena2.
Apesar do Curso ser no Campo Grande, na Cidade Universitária, Edificio C7 da Faculdade de Ciências, mesmo ao lado do célebre Café Mocho, no Campo Grande, o encontro dos participantes ao Curso é na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa junto à máquina multibanco, ás 18:45.
Contactos:
96 565 38 34
91. 901. 48. 72

segunda-feira, maio 05, 2008

Se a Europa Acordar...


A editora Relógio D’Água acaba de publicar mais um livro de Peter Sloterdijk, um dos mais importantes e polémicos filósofos da actualidade.
Desta vez, trata-se de um livro que reflecte a Europa e tem por título: Se a Europa Acordar, Reflexões sobre o Programa duma Potência Mundial no Termo da sua Ausência Politica.
Como todos os livros de Sloterdijk, também este é um livro polémico. O pensamento de Sloterdijk é sempre polémico. Em geral, mesmo que não concordemos com os conteúdos da sua reflexão, os seus livros são imensos «depósitos» de inteligência analítica, indispensáveis a uma análise profunda sobre o nosso tempo e sobre a Europa contemporânea.
Peter Sloterdijk é um filósofo alemão, professor na Universidade de Karlsruhe.

Em anexo ao livro, publica-se uma entrevista de António Guerreiro, ensaísta e critico literário do jornal Expresso a Peter Sloterdijk. São justamente alguns extractos dessa entrevista que vamos publicar no nosso blog em três partes.

1 parte

António Guerreiro (A.G.)O seu diagnóstico do presente da situação europeia leva-o a uma formulação em termos disjuntivos: ou a Europa deixa de se pensar sob a forma politica do Império ou está condenada a representar uma comédia. Parece que neste século a Europa só conheceu encruzilhadas.

Peter Sloterdijk (P.S.) – Depois da II Guerra Mundial, a Europa sofreu as consequências da sua política de autodestruição que marcou a primeira metade do século XX. A Europa perdeu a influência e, com a descolonização, deixou de ser o centro do mundo. A ideia profunda da situação actual é esta: como reformular uma certa grandeza, com voltar a ser um actor importante no teatro do mundo, em termos políticos e económicos, sem cair nos maus hábitos da nossa tradição imperialista?

A.G.Passar do centro a uma espécie de «enclave» foi um grande choque…

P.S. –
Para percebermos porque é que utilizo essa palavra, é preciso começar pela constatação de que a Europa Ocidental, depois da II Guerra Mundial, era uma espécie de protectorado americano. E a Europa de Leste, por sua vez, era uma colónia do Império russo mascarado na forma de União Soviética. Havia assim duas forças mundiais, de natureza imperial, que partilhavam a posse do território europeu, ainda que a parte ocidental vivesse sob um regime mais amável, já que a supremacia americana era muito mais discreta. Vivia-se uma ineficácia política que não era muito maléfica. Mas em 1979 (que eu considero um ano «pivot») começaram os acontecimentos que determinaram o destino da história mundial do final do século XX: foi em 1979 que começou ainda secretamente o declínio da União Soviética , com a invasão do Afeganistão. Foi também o ano em que a política neoliberal começou a desenhar os seus contornos na esfera britânica e se deu a tomada de poder dos islamitas no Irão. Há uma Rússia que ressurgiu no teatro da politica mundial, como uma entidade nacional e não como força hegemónica do grupo imperial que se chama «socialismo real». E, por outro lado, como dirigir e moderar os efeitos da nova politica económica do capitalismo real, que data dessa altura? A seguir à II Guerra Mundial não tínhamos capitalismo puro no planeta, mas uma economia mista, que incluía elementos semi-socialistas. Tanto em Inglaterra como em França grande parte das indústrias-chave eram nacionalizadas.

………………………………………………………………………………………..
II Parte

A.GEm certo momento do seu livro sobre a Europa ( Se a Europa Acordar…)diz que Bruxelas é a capital do vazio. Esta expressão foi utilizada por Karl Kraus para caracterizar a Viena da Finis Austriae.

P.S. Kraus também dizia que Viena era um laboratório para a experiência do fim do mundo. Mas, para explicar a analogia a que se refere, é necessário ter em conta que depois do fim da II Guerra Mundial a totalidade do hemisfério ocidental se transformou em laboratório de consumismo. É uma nova visão do mundo em que o objectivo da existência humana não se encontra já do lado da gestão política das nossas vidas mas numa visão completamente apolítica da existência, em que as preocupações politicas são delegadas em «expertocratas» que gerem as coisas por nós, de modo a realizar o projecto de nos tornarmos os últimos homens. É esta a ideia profunda do consumismo. E isso inscreve-se numa outra lógica, que é a da diminuição da procriação. A preeminência da Europa, a partir do século XVI até ao fim da I Guerra Mundial, devia-se à vontade dos europeus de se procriarem infinitamente.

Cultura Clássica


«A dívida do mundo moderno para com o povo grego é enorme. Foi este povo quem definiu, pela primeira vez, as categorias do pensamento que continuam a ser as nossas. Devemos-lhe o essencial dos nossos instrumentos intelectuais, mas também os princípios da nossa moral. Até mesmo os ensinamentos do cristianismo, que ainda inspiram toda a civilização ocidental, nos chegaram através do pensamento grego, que elaborou e sistematizou os seus fundamentos. Tornou perceptível a todos o caracter universal do cristianismo e fez-se seu agente de transmissão rápido e eficaz: não nos esqueçamos que a língua da Igreja primitiva era o grego. Roma, nisso como noutras coisas, desempenhou de início apenas um papel secundário, antes de suceder à Grécia e surgir finalmente, graças ao seu próprio génio, como mestre e guia do Ocidente.
Ninguém contesta o papel primordial desempenhado pelo helenismo na herança comum que os nossos pensadores e artistas fizeram frutificar desde há quinze séculos atrás com sortes diversas».

Chamoux, François; A Civilização Grega, Edições 70

domingo, maio 04, 2008

Reportagem Peddy Papper - Cafés

O grupo dos participantes do I Peddy Papper Europa Viva- Os cafés.
As organizadoras do I Peddy Papper Europa Viva: Antónia Lemos e Helena Botelho. Dois elementos fundamentais da vida da nossa organização: ambas vogais da Direcção da Europa Viva e responsáveis pelos projectos dinamizadores de actividades em Portugal.
Uma e outra estão de parabens. E o Alexandre Ipolliti (fotografia em baixo á direita) também. Foram os motores principais deste belo dia passado na cidade de Lisboa. Permitiram-nos um dia diferente e uma actividade bem simpática.
Eram 15:20 quando a organização convidou a primeira equipa a desafiar o tempo e um questinário de grau médio de dificuldade. As equipas apresentaram-se a concurso na Praça Pedro IV. A organização comunica-lhes as regras e distribuí as sete etapas que constituem este peddy papper pelos cafés de Lisboa e outros lugares históricos associados ao espaço e ao tema.












A organização em plena contagem dos tempos, confirmando as respostas, enquanto as equipas chegavam e, já cansadas, liam os jornais do dia, lanchavam, e outras, apenas usufruiam de um belo fim de tarde passado no Rossio.


Duas das equipas vencedoras: as chaveninhas e os Alvarezes.












voltar ao topo da página