Ilya Glazunov, o maior pintor russo do século XX foi o único cidadão soviético que nunca precisou de autorização especial para sair do país. Entrava e saía da ex URSS para pintar os grandes estadistas do mundo, desde João Paulo II a Indira Gandhi, passando pelo Rei Gustavo da Suécia e Juan Carlos de Espanha sem que ninguém se atrevesse a questioná-lo sobre os seus itinerários.
Ilya Glazunov era uma ilha de liberdade na cidadania russa. Estou certa de que também nada lhe faltava. Não tinha que entregar o seu tempo a pesquisar os dias em que eram distribuídos, pelo país ou pela cidade, os produtos como chá, fósforos, ou o azeite.
Seguramente Glazunov recebia em dólares. Se assim era a sua família abastecia-se nas lojas para estrangeiros, onde os produtos eram justamente pagos em dólares. Uma dessas lojas, talvez a principal de Moscovo, está a ser transformada num dos mais sofisticados hotéis da capital, aqui mesmo na Praça Vermelha, muito perto do Museu de História Russa.
Todos os russos dirão o mesmo de Ilya Glazunov: «o único artista do século XX que soube retratar a alma russa, o único artista verdadeiramente russo do século passado».
Visitámos a Casa Museu que Glazunov ofereceu ao Estado Russo aquando da celebração dos 850 anos da história da cidade, em Setembro de 2003.
Regressávamos nós, ainda delirantes, da visita ao Museu Puskine, quando ao atravessarmos a rua em direcção a uma das Torres do Kremlin, justamente do lado da Catedral de Cristo o Salvador, descobrimos Ilya Glazunov.
Pela localização da casa percebemos imediatamente que Ilya só podia ser uma das maiores figuras contemporâneas russas. Quem poderia viver entre o buraco que outrora já tinha sido o Templo de Cristo Salvador e o Kremlin, senão, uma figura proeminente da nação?
Ilya Glazunov era uma ilha de liberdade na cidadania russa. Estou certa de que também nada lhe faltava. Não tinha que entregar o seu tempo a pesquisar os dias em que eram distribuídos, pelo país ou pela cidade, os produtos como chá, fósforos, ou o azeite.
Seguramente Glazunov recebia em dólares. Se assim era a sua família abastecia-se nas lojas para estrangeiros, onde os produtos eram justamente pagos em dólares. Uma dessas lojas, talvez a principal de Moscovo, está a ser transformada num dos mais sofisticados hotéis da capital, aqui mesmo na Praça Vermelha, muito perto do Museu de História Russa.
Todos os russos dirão o mesmo de Ilya Glazunov: «o único artista do século XX que soube retratar a alma russa, o único artista verdadeiramente russo do século passado».
Visitámos a Casa Museu que Glazunov ofereceu ao Estado Russo aquando da celebração dos 850 anos da história da cidade, em Setembro de 2003.
Regressávamos nós, ainda delirantes, da visita ao Museu Puskine, quando ao atravessarmos a rua em direcção a uma das Torres do Kremlin, justamente do lado da Catedral de Cristo o Salvador, descobrimos Ilya Glazunov.
Pela localização da casa percebemos imediatamente que Ilya só podia ser uma das maiores figuras contemporâneas russas. Quem poderia viver entre o buraco que outrora já tinha sido o Templo de Cristo Salvador e o Kremlin, senão, uma figura proeminente da nação?