sábado, maio 03, 2008

Peddy Papper - Os Cafés - 3 de Maio

Encontro 15:00 na Praça D.Pedro IV, Rossio.

sexta-feira, maio 02, 2008

O mês da Cultura Clássica


A partir de 2 de Maio e até dia 21 de Junho encontrará diáriamente no nosso blog uma referência à cultura clássica. Pode ser um poema, um trecho de livro, uma informação relacionada com a arte ou literatura.
Estamos a preparar o nosso encontro com a Magna Grécia.

quinta-feira, maio 01, 2008

Peddy Papper - Os Cafés - 3 de Maio

Os cafés são de novo tema para mais uma actividade associativa, desta feita da responsabilidade de duas associadas, Antónia Lemos e Helena Botelho, que nos propõem o formato de um peddy papper como contributo para a reflexão sobre os cafés na construção do pensamento europeu.
Estamos certos que será uma actividade divertida. Ainda se podem inscrever. Façam-no o mais depressa possível. Aceitamos inscrições até às 19:00 de 2 de Maio.

Antena 2 - Europa Viva

No próximo dia 5 de Maio às 18:00 iremos à Antena 2 conversar com a jornalista Ana Daniela Soares sobre o Curso de Cultura Musical que a Europa Viva vai empreender de 6 a 29 de Maio, dedicado á Ópera.

quarta-feira, abril 30, 2008

Parceria Público - Europa Viva - Transmongoliano

Entre os dias 1 de Agosto e 6 de Setembro de 2008, o blog Europa Viva será blog convidado do jornal Público.
Estaremos no Público On Line para onde reportaremos diáriamente a nossa viagem à Rússia, Mongólia e China, um programa do projecto Europa em Movimento, designado por Transmongoliano, Os Totalitarismos do Século XX.
Desta vez, por isso, não serão apenas os nossos associados, familiares e amigos a acompanhar a nossa viagem. Todos os leitores do Público on line podem fazê-lo.
Assim, mudaremos um pouco a habitual estrutura dos post.
O blog durante estes dias tornar-se-à um verdadeiro lugar de reportagem e não fundamentalmente um jornal de comunicação interna.

terça-feira, abril 29, 2008

Transmongoliano - Agosto 2008 - Anotações



Lembro-me da ansiedade a minar a curiosidade quando, finalmente, o comboio vindo da Mongólia, parou na plataforma da estação de Pequim.

No inconsciente, a pergunta teimava em racionalizar o sonho: o que vamos encontrar em Pequim? A cidade que durante 30 anos contactou o Ocidente mostrando-lhe apenas um céu vermelho, homens e mulheres vestidos de verde, Mao teimando falar-nos em cada esquina e lugar, ou algo perfilado entre este cenário e a Praça Tienamen quase libertada?

Surpreendemente nem uma coisa nem outra. Pequim, geográfica e arquitectónicamente, autonomizou-se destes espelhos e criou uma paisagem cheia de elementos culturais ocidentais, ditados pela mais moderna arquitectura assinada pelos maiores arquitectos do mundo.

Estéticamente Pequim é outra cidade. Claro que os Jogos Olimpicos foram o pretexto para esta transformação mas a opcção clara pelos fundamentos da cultura ocidental numa paisagem humana ainda marcada pelos últimos 50 anos, obriga-nos a pensar a estratégia para uma civilização que nunca reconheceu a arquitectura como obra, já que a obra é sempre perene desde que não resulte do sopro da palavra, da caligrafia.

Mas o certo é que a linguagem criativa que domina em Pequim é justamente a Arquitectura e aqui parece que os criadores ocidentais não perderam a oportunidade de virar de pernas para o ar o conceito da Translatio Imperium.
Já em Agosto de 2007 a cidade olimpica estava pronta. Faltava apenas a relva que à força teria de crescer ainda que o tempo a pudesse secar.
Pequim é tema de capa da Revista Le Figaro, Hors-Série. Não deixem de a comprar e ler. É um excelente documento sobre a história recente da Cidade Eterna.

©Ana Paula Lemos





O homem sem qualidades - um dos mais importantes livros do século XX


Robert Musil é seguramente um dos mais importantes escritores europeus do século XX. Lê-lo é percorrer a construção do pensamento europeu de finais do século XIX, principios do século XX, e entender através dessa personagem sublime que é Ulrich, a história contemporânea da Europa.
A D.Quixote acaba de publicar a obra máxima de Musil «O homem sem qualidades» numa tradução de João Barrento, um dos mais brilhantes intelectuais portugueses, e um germanista de renome.
O Homem sem qualidades é um livro a não perder.

domingo, abril 27, 2008

Visita ao Carmelo de Fátima - I Curso Europa e Religiões - Módulo «experiência religiosa».







1. O antes

Os que não nos puderam acompanhar a esta actividade do I Curso Europa e Religiões, inserida no módulo «experiência religiosa», pediram que lhes escrevesse uma «crónica».
Uma crónica supõe, pressupõe, um olhar de leitura intencionalmente subjectiva. Como todos sabeis, sou católica, apostólica, romana e durante seis anos preparei-me para entrar num Carmelo. Aliás foi justamente a minha experiência enquanto candidata a freira de clausura que me levou ao jornalismo, nomeadamente, quando, depois de ter tido a certeza que jamais teria condições de abraçar esta vocação, indignada com Deus, resolvi escrever uma reportagem sobre a vida vivida num Carmelo, e apresentá-la à Revista Máxima, a única Revista que em 1992 seria capaz de interpretar e receber uma reportagem deste género, dada a natureza da liderança que Madalena Fragoso e Maria Antónia Palla (Chefe de Redacção) imprimiam ao projecto e que consistia em fazer da Máxima um projecto de referência cultural e editorial.
Foi com esta Reportagem que me tornei jornalista e assim ocupei o meu projecto existencial durante dezassete anos, até à data que decidi fundar a Europa Viva.
Como podem compreender este texto não podia ser senão uma «crónica», isto é, o pulsar subjectivo de uma experiência humana e religiosa.

Tal com estava determinado chegámos ao Carmelo de S. José em Fátima eram 15:30. A irmã Marta recebeu-nos com a agitação e a alegria próprias de uma irmã rodeira, isto é, da pessoa que faz a passagem do mundo «cá de fora» para o «mundo lá de dentro». Uma irmã rodeira é ao mesmo tempo, porteira, recepcionista e telefonista que vive e absorve a agitação típica do mundo «cá de fora».
Como lhe compete, depois da recepção amável e simpática que nos ofereceu, informou a Madre, por telefone interno, da nossa presença e encaminhou-nos para o Locutório, isto é, para uma sala, dividida por uma grade, através da qual, uma carmelita descalça comunica com o mundo.
- Tínhamos começado a aventura da dissonância entre nós e um mundo, completamente outro, habitado por 19 mulheres.
Sentámo-nos nas cadeiras que circundam a sala junto à parede, do lado de cá da grade e esperámos alguns minutos pela Madre Prioresa do Convento, referência máxima de autoridade e decisão num Convento de Clausura.
Quando a porta do lado das grades se abriu o espanto invadiu a nossa natural ansiedade.
A Madre, Irmã Cristina vive há 19 anos no Carmelo S. José em Fátima mas a sua atitude despretensiosa, humana, simples e profundamente actual relativamente às coisas do mundo, não nos indicava uma mulher de 43 anos de idade vivendo há 19 anos em clausura. Na «outra» sua vida, a irmã Cristina foi psicóloga, e segundo nos contou desenvolvia um trabalho com toxicodependentes.

©Ana Paula Lemos








2. E o depois
A conversa entre nós iniciou-se justamente com um retrato sucinto sobre a História do Carmelo e a sua espiritualidade.
E de facto não é nada fácil falar sobre uma história e espiritualidade que contrariam absolutamente a génese que informa do mundo em que vivemos.
No Carmelo nunca se conjuga o verbo TER. A primeira operação mental que uma carmelita faz, ainda no mundo, é substituir a palavra TER pela palavra SER.
Uma carmelita é. A não ser Deus, uma carmelita nada tem.
Uma carmelita é:
-Uma pessoa que se dispôs a viver uma entrega completa a Deus, num espaço físico, emocional e mental concebido para que esta realização se faça num silêncio total;
- É uma pessoa que crê profundamente no valor da oração;
- É uma pessoa que acredita que a sua entrega a Deus é um gesto de oblação pelos irmãos;
- É uma pessoa que aceitou fazer da sua vida uma OBRA-PRIMA;

Uma carmelita vive profundamente o silêncio na comunidade e na cela. Deus, as irmãs, e todos nós, somos os seus grandes companheiros. Uma carmelita sabe sempre tudo, está sempre a par de tudo, conhece todos os grandes problemas do mundo.
Afinal, o que faz uma carmelita de tão importante senão rezar? Nada, nada, nada de mais importante senão rezar. Nem quer fazer. De resto o seu dia é ocupado na limpeza da sua casa, que é o Convento, no «fabrico» de paramentos, de hóstias, terços, e pequenas outras realizações. Um Convento vive do que produz, das reformas das irmãs - as carmelitas pagam impostos e descontam para a segurança social - e, claro, dos seus benfeitores.
Uma carmelita reza uma média de 5 horas por dia, dorme 6 a 7 horas, descansa 2 a 3 horas por dia e dispõe de uma média de 2 a 3 horas para comer e para a sua higiene pessoal.
Uma carmelita não anseia outra coisa senão viver, morrer e ser sepultada no Convento onde professou a sua fé.
E do Convento só saí para cumprir com os seus deveres de cidadania, como o voto, para ir ao médico, ou para acompanhar os seus pais em caso de doença, se estes não tiverem mais ninguém para os acompanhar.
Nunca conheci ninguém na minha vida tão alegre e feliz como uma carmelita.


©Ana Paula Lemos

Peddy Papper - Os Cafés - 3 de Maio



…Um viajante experimentado e fino
chega a qualquer parte,
entra no café,
observa-o,
examina-o,
e tem conhecido
o país em que está,
o seu governo,
as suas leis,
os seus costumes,
a sua religião…
Almeida Garrett
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