II Parte
A.G – Em certo momento do seu livro sobre a Europa ( Se a Europa Acordar…)diz que Bruxelas é a capital do vazio. Esta expressão foi utilizada por Karl Kraus para caracterizar a Viena da Finis Austriae.
P.S. – Kraus também dizia que Viena era um laboratório para a experiência do fim do mundo. Mas, para explicar a analogia a que se refere, é necessário ter em conta que depois do fim da II Guerra Mundial a totalidade do hemisfério ocidental se transformou em laboratório de consumismo. É uma nova visão do mundo em que o objectivo da existência humana não se encontra já do lado da gestão política das nossas vidas mas numa visão completamente apolítica da existência, em que as preocupações politicas são delegadas em «expertocratas» que gerem as coisas por nós, de modo a realizar o projecto de nos tornarmos os últimos homens. É esta a ideia profunda do consumismo. E isso inscreve-se numa outra lógica, que é a da diminuição da procriação. A preeminência da Europa, a partir do século XVI até ao fim da I Guerra Mundial, devia-se à vontade dos europeus de se procriarem infinitamente.
A.G – Em certo momento do seu livro sobre a Europa ( Se a Europa Acordar…)diz que Bruxelas é a capital do vazio. Esta expressão foi utilizada por Karl Kraus para caracterizar a Viena da Finis Austriae.
P.S. – Kraus também dizia que Viena era um laboratório para a experiência do fim do mundo. Mas, para explicar a analogia a que se refere, é necessário ter em conta que depois do fim da II Guerra Mundial a totalidade do hemisfério ocidental se transformou em laboratório de consumismo. É uma nova visão do mundo em que o objectivo da existência humana não se encontra já do lado da gestão política das nossas vidas mas numa visão completamente apolítica da existência, em que as preocupações politicas são delegadas em «expertocratas» que gerem as coisas por nós, de modo a realizar o projecto de nos tornarmos os últimos homens. É esta a ideia profunda do consumismo. E isso inscreve-se numa outra lógica, que é a da diminuição da procriação. A preeminência da Europa, a partir do século XVI até ao fim da I Guerra Mundial, devia-se à vontade dos europeus de se procriarem infinitamente.