terça-feira, agosto 19, 2008

Nas principais estações deste percurso altera-se a geografia humana das populações. Em Moscovo a diversidade internacional é muito superior à dos passageiros que entram para o comboio em toda a região da Sibéria quer seja a região ocidental ou oriental.
Os turistas vão saindo nas paragens que os guias do Transsiberiano aconselham. Nós, escolhemos justamente o percurso contrário ao da maioria dos estrangeiros. Não nos interessa nada perder tempo visitando as cidades que vivificam a linha férrea de Moscovo até Irkustsk. Antes de mais, porque todo este património arquitectónico e urbanístico está decadente, decrépito. Uma segunda razão prende-se com o facto de a imensidão da Sibéria, composta por floresta intensa, ser muito semelhante ao longo de todo o percurso. Por isso, não faz sentido apearmo-nos noutras paragens senão mesmo em Irkustsk para visitarmos o Baikal e assim recuperarmos os dias para os dedicar à Mongólia e à China, nomeadamente com a extensão a Xangai.
Mas ainda assim, continuam por companheiros um grupo do Taiwan, outro de franceses, e vários casais ingleses e alemães.
De resto, as três centenas de outros passageiros são russos: crianças, velhos, adolescentes, homens e mulheres...a síntese das várias etnias que compõem a Federação Russa, o maior país do mundo.


© Ana Paula Lemos
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