sexta-feira, agosto 01, 2008

Razões de uma parceria...

Bem vindos à Europa Viva!

Até ao próximo dia 2 de Setembro, os leitores do Público. PT vão poder acompanhar, minuto a minuto, um dos projectos culturais mais importantes da EuropaViva (http://www.europaviva.eu/ ):
- a realização do Transmongoliano, a mais longa e extensa viagem de comboio que o homem pode fazer, que levará os seus associados e alguns amigos a percorrer a Rússia, a Mongólia e a China num programa designado Rota da Memória.
Esclareçamos então a toponímia da viagem.
1. Quando falamos de Transmongoliano, falamos de uma das três linhas férreas, a maior linha férrea do mundo, que liga a Europa à Ásia e que atravessa a Rússia até à Sibéria ocidental, a Mongólia e o norte da China até à cidade de Beijing.
2. Esta grande linha férrea chama-se Rossia e divide-se em três percursos distintos:
- O Transsiberiano atravessa apenas Rússia (o maior país do mundo) de S.Peterburgo a Vladivostok. Este percurso tem a duração de oito dias e faz-se num comboio chamado Baikal.
- O Transmongoliano já sabemos, vai de Moscovo até Beijing passando pela Mongólia tem igualmente uma duração de oito dias mas faz-se em 3 comboios distintos. No comboio russo até Irkusk, capital da Sibéria Ocidental, no comboio mongol de Irkusk até Ulaan Baator, capital da Mongólia e no comboio chinês de Ulaan Baator até Beijing.
- O Transmanchuriano: repete o mesmo esquema do Transmongoliano mas o comboio chinês leva os passageiros de Ulaan Baator até à Manchúria, região norte da China.

Esta viagem é o culminar de um longo e vasto projecto empreendido durante o ano pelos associados e amigos da Europa Viva que passa por encontros, conferencias e seminários sobre a cultura dos países que vamos visitar num contexto muito específico: Que Europa no contexto actual?
Os comboios de que falámos têm uma importância vital na economia e na sociologia destes países. São importantes meios de transporte de pessoas e mercadorias, em muitos casos os únicos que ligam regiões recônditas do mundo como é o caso da Sibéria, Mongólia e o norte da China.
Por outro lado, desempenharam no tempo da guerra fria, sobretudo entre as décadas de 60 e 80 do século passado importantes meios dissuasores de politica externa entre inimigos ideológicos como a ex União Soviética e a China e entre a Mongólia e a China.


O percurso

O itinerário que vamos percorrer durante 20 dias e que vai de Lisboa a Shangai só é feito de comboio de Moscovo a Beijing. De Lisboa a Moscovo e de Beijing a Shangai iremos de avião.
O percurso de comboio demora 8 dias mas só os primeiros quatro dias é que são passados dia e noite no comboio. É justamente o troço de Moscovo a Irkustk que leva mais tempo a percorrer que qualquer dos outros itinerários. Não esqueçamos que a Rússia é o maior país do mundo.
Na Sibéria ficaremos dois dias. Queremos conhecer a vida dessa imensa minoria étnica russa que é o povo Buriate e faremos o tradicional cruzeiro pelo Baikal, a maior reserva de água doce do mundo. Depois voltamos a apanhar o comboio. Dormiremos mais duas noites no comboio, na máquina mongol, até que se aviste Ulaan Baator. Na Mongólia estaremos duas noites, três dias. O nosso propósito é percorrer os dois maiores parques naturais da Mongólia ao encontro da Mongólia profunda, dos cavalos selvagens e da vida nómada que ainda hoje caracteriza maioritariamente aquele povo.
Por fim, Beijing. Desta feita apenas um dia e uma noite de comboio para chegar à capital da China e viver ainda o último suspiro dos Jogos Olímpicos. Aqui ficaremos duas noites, três dias. O tempo suficiente para conhecer os ícones tradicionais da capital: Cidade Proibida, Muralha, Palácio de Verão, Centro de Artes, e agora a aldeia olímpica.
Shangai é uma etapa de natureza diferente. O Transmongoliano como já disse acaba em Beijing mas seria impensável não aproveitarmos a viagem, nomeadamente os preços de grupo, para conhecer Shangai.
E lá iremos…
Muito obrigado ao Público por esta oportunidade.
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