sábado, agosto 09, 2008

A China interior e rural do norte...

A vantagem de entrar este ano de comboio na China é justamente a possibilidade de olharmos, ouvirmos e cheirarmos uma China bela mas infinitamente dissonante daquela que nos tem chegado apenas de Pequim.
Não é verdade que só Pequim ou Xangai materializem o boom económico da China. Mesmo no interior norte, rural, e tal como se pode ver por esta fotografia (2007.08.27), toda a China mexe, cresce, desenvolve-se e moderniza-se.
Não se tranquilizem os mais cépticos relativamente à eficácia da profecia napoleónica: quando a China acordar o mundo tremerá. Primeiro, porque a China já acordou, mesmo que o resto do mundo queira continuar a dormir; depois, porque qualquer cidadão consciente e atento terá seguramente sentido na pele, as tremuras do mundo quando recentemente assistiu ao terramoto do aumento do preços dos combustiveis e à dramática escassez de alimentos.
Estas fotografias, efectivamente menos exuberantes daquelas outras que nos têm chegado de Pequim nos últimos dias, não devem levar-nos a cair no erro grosseiro de pensar que o poder politico chinês só se interessou pela fachada e pela cosmética que os Jogos, obviamente legitimaram, e que pouco mais terá feito nestes últimos anos, senão concentrar energia e dinheiro, na desertificação social de Pequim.
Não é verdade. Não há cidade, vila, região ou aldeia por onde se passe que não se sinta a China em ebulição.
Essa de facto foi a maior surpresa que tivemos o ano passado. Estou certa que este ano ficaremos, infinitamente, muito mais surpreendidos.








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