quinta-feira, junho 12, 2008

Siracusa


Havia uma expectável curiosidade que o grupo partilhava relativamente a Siracusa.
A Sicília tem lugares muito belos e, outros que nos obrigam a pensar que existem muitas Europas, e que mesmo os países europeus, aceitam no seu interior nichos de tanta pobreza que a inevitabilidade de pensarmos a construção do projecto Europeu é de facto necessária e urgente.
Siracusa é de facto uma cidade bonita ao contrário da maioria das cidades que visitámos. Palermo anunciava um bom pronuncio que rapidamente se desfez mal chegámos a Agrigento, essa cidade fantasmagórica que acolhe o maior céu aberto de templos gregros até hoje descobertos.
Mesmo as paisagens que nos acompanharam ao longo deste périplo (já lá vão seis dias) de Palermo a Segesta, Selinunte, Agrigento, mesmo as paisagens, dizia, não sufocam a alma de beleza, embora haja caminhos no interior dos itinerários que nos calam tão absolutamente que a pobreza sicilana esfuma-se quase completamente.
Não fossem as cidades de Noto e de Módica (verdadeiras pérolas do Barroco, património da Unesco e da humanidade) e teriamos de esperar cinco dias para vivenciarmos uma cidade aprazível na Sicília como esta de Siracusa onde o centro de histórico é muito belo, a gastronomia excepcional e muito barata, lojas bonitas, e apesar de muito quente, rodeada de um mar limpido e ainda preservado.


Ana Paula Lemos
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