Os «Troffler» (Alvin e Heidi Toffler) habituaram-nos a prognósticos económicos e socias sobre a contemporaneidade sempre realistas apesar dos seus conteúdos consubstanciarem análises vanguardistas e até revolucionárias .
Por isso, convem lê-los atentamente mesmo que as suas reflexões configurem quadros de uma radicalidade quase futurista. Os livros A Terceira Vaga e Choque do Futuro exemplificam muito bem o que acabámos de dizer relativamente ao trabalho que produzem e publicam. Desta vez, o casal Alvin e Heidi Toffler brinda-nos com uma análise dos grandes «processos de transformação económicos, sociais, politicos e culturais».
A este diagnóstico chamaram a A Revolução da Riqueza, um livro publicado pela Actual Editora, já em 2º edição, onde encontramos alguns «recados» que vale a pena reflectir:
«Os novos sistemas de riqueza não surgem frequentemente e não viajam sozinhos. Cada um deles traz consigo uma nova forma de vida, uma civilização. Não apenas novas estruturas de negócio, mas também novos formatos familiares; novos tipos de música e arte; novidades gastronómicas, modas e padrões de beleza física; novos valores; e novas atitudes em relação à religião e à liberdade individual - todos eles interagem entre si e moldam o novo e emergente sistema de riqueza».
A Europa Viva, nasceu para produzir «real» numa sociedade caracterizada pela inação, pelo conformismo e pelo subsidiodependentismo.
Não seria útil criarmos programas para apoiarmos as novas gerações a perceberem que a economia da cultura (do conhecimento) é uma excelente possibilidade de enfrentar a recessão e de constituição do próprio emprego?
©Ana Paula Lemos