«Pensamos frequentemente na cultura e na economia como domínios distintos que não se devem conspurcar um ao outro. Na verdade, a meu ver, os dois conceitos estão inextrincavelmente ligados através da prática. Além disso, consideramos geralmente a economia e a cultura conceitos de alguma forma inalteráveis(...).
A minha tese é que a cultura, e particularmente a produção cultural - o fazer cultura -, se alterou nos últimos anos(...) Se aceitarmos este ponto de vista, então penso que temos de aceitar também outra consequência, ou antes um desafio: há que repensar a nossa relação com a cultura. Mais especificamente, aquilo que pretendo provar é que a nossa relação colectiva com a cultura - ou seja, o domínio da política pública - tem que mudar, não só se pretendemos relacionar-nos com a cultura tal como fazíamos até agora, mas sobretudo se quisermos explocar novos caminhos. Manter inalteradas as tendências do passado não é uma opcção viável.»
O Estado da Economia Cultural: O Crescimento da Economia e os Desafios da Definição de uma Política Cultural, Andy C. Pratt, pp 201, A Urgência da Teoria, Fundação Calouste Gulbenkian