Estamos no átrio da principal estação ferroviária de Moscovo. Aqui começa o Transmongoliano. A uns metros deste espaço está a plataforma do Rossia. É aqui que aconteçe o primeiro confronto com o diferente. Esta estação é um dos lugares mais decandentes da cidade de Moscovo. Ao fim do dia reunem-se neste espaço os pobres, os alcoólicos, os famintos, os carteiristas, os vigaristas e claro os toxicodependentes e as prostitutas.
Mas são sobretudo os alcoólicos e os famintos que dominam este território de transgressão. Os alcoólicos bebem tudo o que fica nas garrafas. Os famintos devoram todas as migalhas de comida deixadas pelos cantos da gare.
No meio do corropio de centenas de pessoas é aqui que nós, viajantes da Europa Viva, entramos em contacto com a natureza da viagem que escolhemos fazer. Recebemos os nossos sacos de mantimentos, onde estão incluidos todo o tipo de alimentos que nos vão permitir tomar o pequeno almoço, lanchar e almoçar durante os quatro dias que vamos estar consecutivamente no comboio.