As imagens congelam as histórias, textos, contextos e pretextos,
esses,
ausentes na diápora
da memória,
colada,
à narrativa trágica destes povos,
que nos viram e ouviram
mas nunca disseram,
onde moram,
os deuses que os protegeram,
da dôr que viveram,
dos hinos que cantaram,
e morreram,
escrevendo,
a noite escura,
dos fantasmas, do horror,
da guerra.
Da cobardia,
dos que matam,
sem ouvir, nem perguntar,
onde mora a coragem
em discurdar.
E ousar pensar,
e divulgar,
os poetas que morreram,
no tempo,
onde a eternidade elege
todos os cantos depurados de memórias sem dôr.
©Ana Paula Lemos