Poucos lugares no mundo tiveram tanto impacto em mim como este do Castelo de Luís II aqui na Baviera, talvez um dos sítios mais belos onde estive, a pouco mais de 100 Km de Munique.
Luís II, o louco, (...), o doentiamente obcecado com a obra de Wagner, isto é, com as expressões mitológicas da obra deste grande compositor alemão que alimentaram a sua alma doente desde que perdeu o poder político do seu Estado a favor da união dos povos germânicos.
Luís criou um mundo completamente paralelo à insuportabilidade da perda do poder, cujo isolamento patológico possibilitou aos engenheiros do seu tempo, desenvolverem para si um número significativo de métodos mecânicos, hoje vulgarmente incorporados no dia a dia do homem moderno, como elevadores de transporte de comida, aquecimento de água, cozinhas bem equipadas, mandados construir neste Castelo, para que o Rei, não dependendo de ninguém, jamais fosse perturbado na contemplação das pinturas dos mitos do Parsifal, Tristão e Isolda e outros...
Incrível este Luís II...
No último andar deste Castelo todos os meses de Setembro um conjunto de privilegiados pode assistir a um fantástico Festival de Musica erudita.
Nós, associados da Europa Viva, também já podemos fazê-lo.
A nossa viagem pelos cantos e recantos dos segredos da alta cultura europeia vai desfazendo os nós que nos impossibilitavam de seguir estes caminhos.