terça-feira, janeiro 12, 2010

A 12 de Janeiro de 2006...

...Lançámos a Europa Viva.
A 12 de Janeiro de 2006, na Representação da Comissão Europeia em Portugal, a equipa dos membros fundadores apresentou o seu projecto de missão à sociedade portuguesa. Disseram-nos, na altura, que poucos eventos da mesma natureza tinham tido tanta participação como o nosso. Ficámos muito vaidosos. Nesse dia, em Bruxelas, Durão Barroso falava da Europa Cultural. Era uma achega importante para a apresentação da Europa Viva.
Lembro-me muito bem desse dia...estávamos todos, os que acreditaram que era possível construir um projecto associativo novo, ousado na missão, livre e independente.
Muitos deles não sabiam dizê-lo, explicá-lo, divulgá-lo, mas todos, sem excepção, acreditaram que era possível construir a Europa Viva, apenas com algumas centenas de euros que tinhamos destinado à missão de promover, divulgar e reflectir a cultura europeia, a consciência civica e os valores da solidariedade social.
Eu, a Beatriz Gama Lobo, o José Pedro Serra, a Teresa Paulo, a Alexandra Campos, o António Abreu, a Marta Menéres, o José Alves, a Helena Martins, o Ângelo Silveira, o Igor Caldeira e a Andrea Guimarães, a Maria de Jesus Moura e o João Pedro Góis.
Desde esse dia procurei não os frustrar. Se fui digna da sua confiança, eles seriam objecto eterno da minha gratidão e a Europa Viva, espero, nunca os deixará de ter presente, sempre que tiver que escrever a sua história.
Hoje somos mais algumas dezenas de associados, do que eramos então. Hoje, várias centenas de pessoas, acompanham os nossos projectos, participaram dos programas e na missão, envolvem-se e sensibilizam-se com as ideias.
Podemos todos constatar ao longo destes quatro anos, que a Europa Viva cresceu e cresceu muito. Nunca, porém, cresceu tanto como em 2009.
Os telefones tocam muito, o trabalho é cada vez maior, já tivemos momentos profundamenta desanimadores, mas ainda assim, saibam todos, que jamais desistiremos.
Lutaremos sempre pela missão que nos propusemos trabalhar. Queremos acrescentar valor, real, como diria José Gil e nós fomos emitando ao longo destes anos, queremos constuir real, num país onde o saber e a cultura continuam a não servir como moeda de troca.
Cultura, Conhecimento, Criatividade são pois a nossa resposta à atávica mediocridade que reina despuduradamente em Portugal.
Claro que os patrocinios não permeiam a cultura nem o conhecimento. Por isso, aqui na Europa Viva é tudo mais lento. Ao contrário do que dizemos aos nossos jovens e, ao invés, do que propõem as modernas receitas de liderança, aqui na Europa Viva, sucesso é uma palavra que chega depois de muito trabalho, muita disciplina, muito suor, muitas lágrimas, muito pensar, analisar, ajustar, conversar.
Os patrocinadores, os decisores, por outro lado, ouvem falar de criatividade mas acham que criatividade é um conjunto de competências que se adquirire sem cultura, sem saber, sem património intelectual adquirido ou conquistado ao longo do tempo.
E, assim, vamos andando, cantando e rindo, numa sociedade onde a maioria dos senhores que «manipulam» o tecido social, económico e politico, não faz a menor ideia do seu património histórico, filosófico, geográfico, musical, literário, mas acha também que esse património pouco serve, essa memória que dá vida longa à construção de uma sociedade mais livre, mais justa, mais inovadora, mais responsável, mais promissora.
Nós aqui, na Europa Viva pagamos todos quotas justamente para os nossos dirigentes e associados construirem projectos e programas que produzam pensamento e/ ou conhecimento.
Em nome da Direcção da Europa Viva agradeço a todos, a todos sem excepção, associados, dirigentes, membros dos corpos associativos, amigos e à nossa familia terem apoiado esta missão civica fundamental: a de perservar e acrescentar saber à História.
Se não fosse a Teresa Paulo, lá de Bruxelas, da Representação do Parlamento Português de Bruxelas, ter enviado este email
Feliz Aniversário à Europa Viva!
Querida Ana Paula,
Espero que estejas bem!
Venho dar-te um beijinho e felicitar-te pela criação da Europa Viva!
Saudades,
mtp
Estava emocionalmente na Índia, a preparar, sem tréguas, o que falta para essa viagem maravilhosa à Índia das Religiões.
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