Não vejo a India perseguir. Nós estivemos na India, com o programa Rota do Chá e os indianos disseram de si o suficiente para termos a certeza que a India não persegue.
Perseguir é uma palavra que a ontologia da India não incorpora.
Não vejo a India perseguir cidadãos americanos e menos ainda britânicos. Nós percorremos muitos milhares de quilómetros na India: de Deli a Gangtok, do Sikkim a Darjeeling, daqui a Calcutá. A India é um país de inclusão: nós visitámos a maior Mesquita da Ásia em Deli, homenageámos Madre Teresa em Calcutá e percorremos a maior parte dos mosteiros budistas no Sikkim, ali mesmo junto ao Nepal e ao Butão.
A India é justamente a metáfora do outro, do diferente.
Saibam os indianos responder com inteligência e firmeza a este golpe disferido, uma vez mais, pelo fundamentalismo, contra os valores da cultura ocidental, europeia, num território de paz.
Depois desta tragédia, a India sairá mais pobre no contexto da sua afirmação geopolitica.