«A inteligência europeia está agora perante o desafio de transformar a sua máquina de fabricar o destino. Não se trata agora de uma nova reclamação do Império por um sujeito politico pan-europeu com sede em Bruxelas; não competirá aos Europeus, nem hoje nem amanhã, brincar aos Romanos pela enésima vez. Nenhum contemporâneo inteligente pode seriamente interessar-se por um «Leviatã supranacional» com o nome de União Europeia. A missão a que os Europeus actuais de futuros terão de se abalançar consiste antes em por em prática o principio de grande potência ou o próprio principio de Império numa metamorfose histórica.
A obrigação da grande politica aparece hoje no repto que consiste em quebrar a imperialidade da sua própria entidade de grande potência, transformando-a num parceiro na cena de uma futura politica interna do mundo.»
In Se a Europa Acordar, Sloterdijk, Peter, pp 48, Relógio de Água