domingo, setembro 21, 2008

Ainda o II Transmongoliano, segundo Helena Martins


Os viajantes do II Transmongoliano, em Hustai, iniciando o seu passeio a cavalo pelo Parque Natural.




Na Mongólia, não é dificil haver problemas mecânicos com os carros que nos transportam pelas montanhas e estepes. Faz parte da experiência do viajante. Este ano tivemos um furo como retratou a Lena Martins nesta foto. Diz-se que os motoristas mongóis, são os melhores condutores do mundo e, de facto, se assim é, não nos surpreende. A Mongólia é um imenso Parque Natural. Viajar pelas estepes sem nenhuma referência senão uma imensa vastidão de terra pode levar, com facilidade, a todo o tipo de enganos. Quando começamos a ver os motoristas a olhar, fixados, na paisagem, podemos estar certos que eles procuram na memória, o trilho, ou o sentido, que nos levará ao destino. O ano passado, no I Transmongoliano, justamente a caminho do Parque Natural do Hustai, o «desvio» levou-nos a uma antiga base soviética desactivada mas ainda intacta do ponto de vista da infra-estrutura. Entrámos na ex-base, saltaram das catacumbas alguns militares - apenas para saber quem os visitava - e dali a minutos estamos no caminho certo.
A experiência, desta vez, não foi tão empolgante, pelo contrário, o silêncio e a paz continuavam a dominar-nos totalmente.

©Texto Ana Paula Lemos
©Fotos Helena Martins
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