quinta-feira, março 01, 2007

Darjeeling - Calcuta

Ontem, ultimo jantar em Calcuta, os viajantes quiseram agradecer a Europa Viva na pessoa do Angelo Silveira, aquilo que muitos consideraram uma viagem inesquecivel. Claro que eu deveria ser a ultima pessoa a partilhar convosco este sentimento, porque estar por dentro da organizacao de uma viagem implica uma analise critica apurada e sobretudo o mais objectiva e sistematizada possivel, mas tambem eu reitero o sentir de todos os viajentes:ESTA VIAGEM TEM SIDO EXCEPCIONAL!!!
Conhecemos uma India plural: das grandes metropoles (Deli e Calcuta - uma e outra com mais de 12 milhoes de habitantes, Calcuta por exemplo durante o dia tem em media 20 milhoes de habitantes para uma populacao estavel que varia entre 12 a 15 milhoes) mas ao mesmo tempo fomos ao encontro da India rural, eminentemente budista, no Sikkim, um Estado da India muitissimo mais desenvolvido, ja com infraestruturas muito importantes, como hospitais, acesso universal a educacao, e com uma taxa de desenvolvimento anual de 10%.
Grandes personalidades da vida publica indiana falaram ao grupo dos viajantes Europa Viva atraves de conferencias muito bem preparadas: destaco a conferencia do editor chefe do jornal The Telegraph que nos falou de Calcuta e da sua historia, do seu papel na vida intelectual da India...
Calcuta e a cidade mais ocidental das que visitamos. Nao fosse a poluicao sonora e a escala da cidade ser-nos-ia particularmente agradavel.
Darjeeling e uma zona onde triunfa o belo e onde o humano se esfuma completamente na ecologia da regiao. Uma paisagem assombrada e assombrosa. Montanhas do tamanho do ceu, abismos incalculaveis de beleza, lenta existencia, enfim, o belo na sua manifestacao sublime...
Deixo-vos com a magistral beleza da India, porque da India ou se gosta muito ou nao se gosta nada. Para mim tem sido um imenso laboratorio do humano. Tenho dito inumeras vezes que nao consigo olhar senao para os milhoes de seres humanos que diariamente se cruzam comigo na rua.
Nao fosse a poesia de Tagore e Calcuta poderia tornar-se o grito obscuro da voz humana.
voltar ao topo da página