quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Da Índia...

Foi com espanto que os viajantes Europa Viva, depois de 6.000km de viagem e 36 horas sem dormir ou a dormitar viram surgir por tras da porta norte do complexo, o Taj Mahal. É sempre mais do que esperamos, o cansaco ficou aliviado perante o deleite dos olhos. A historia do imperador Moghul que o manda construir como mausoleu para a sua amada, morta ao dar a luz o 14 filho e que quando pretende construir o simetrico, em marmore preto, do outro lado do rio, e aprisionado pelo filho numa fortaleza com vista para o tumulo da mae - Mumtaz Mahal que simplificou o povo para Taj Mahal.
O dia estava perfeito, a luz ideal e a celebrá-lo, milhares de casais indianos que como que vinham pedir o consentimento dos protagonistas de uma das mais belas historias de amor que os homens conhecem. A india é um pouco desta lenda a pedir para ser verdade. E a historia e o potencial da grandeza do homem.
Já em Delhi realizou-se a primeira conferência dedicada ao islamismo pelo presidente da Comunidade islamica da cidade que nos deu a honra da sua companhia para jantar.
Com saber, com inteligencia e com sabedoria expôs-nos os seus pontos de vista sobre o Islão no mundo e na India; falou das origens, dos principios e dos preceitos, das regras e das interpretações, por vezes, embaraçosas. Houve espaço para conversar, ou antes, trocar impressões, fazer perguntas que, apesar de não terem sido claramente respondidas, ou por isso mesmo, permitiram compreender pontos de vista e situar geograficamente as realidades dos Islão.
A Europa Viva deixou lhe um livro que dada a sua formacao de geografo e historiador nos pareceu adequado: Portugal, the first global village.
Hoje foi dia de conhcer alguns monumentos islâmicos da capital da India e de visitar uma madrasa situada em Old Delhi - um bairro imundo onde fervilham actividades de todos os tipos do talho ás sedas. Como sempre muitos rostos, muitos sorrisos. Uma escola onde ainda se levantam os alunos à chegada de estranhos, lembrando, como dizia uma viajante, que não é preciso muito para aprender. Acrescento eu, antes pelo contrario...
A casa onde morreu o mahatma Gandhi foi outra surpresa, com uma exposição multimedia que o tempo não permitiu que fosse vista com a calma desejada, mas que deixou em muitos o desejo de melhor conhecer a obra deste profeta do nosso tempo que fez da verdade e da nao violência seu epitafio.
Amanha deixamos Delhi rumo a Dharamshala.
Ângelo Silveira
voltar ao topo da página