«No começo, muito antes de qualquer gesto, qualquer iniciativa ou vontade deliberada de viajar, o corpo trabalha, à semelhança dos metais sob a canícula do Sol...
O desejo da viagem tem a sua fonte nessa água lustral e morna, alimenta-se estranhamente desse manto metafísico e dessa ontologia germinativa. Só nos tornarmos nómadas impenitentes se instrúidos na nossa carne nas horas do ventre materno, redondo como um globo, como um mapa-mundí. O resto revela um pergaminho já escrito...».