A partir de hoje, dia 2 de Julho de 2009, o miradouro da Graça tem o nome de Sophia. E lá está o poema Lisboa colocado numa placa de acrilico sobre a parede do lado direito, contigua à Igreja, pensada pelo Arquitecto Ribeiro Teles, que a mandou picar e deixar em laranja ocre.
O poema que os filhos escolheram para ser lido pela universalidade dos homens foi este:
Digo:
«Lisboa»
Quando atravesso - vinda do sul - o rio
E a cidade a que chego abre-se como se do seu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas -
Vejo-a melhor porque a digo
Tudo se mostra melhor porque digo
Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência
Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência
Porque digo
Lisboa com seu nome de ser e de não-ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro
Seu coninvente sorrir de intriga e máscara
Enquanto o largo mar a Ocidente se dilata
Lisboa oscilando corno urna grande barca
Lisboa cruelmente construída ao longo da sua própria ausência
Digo o nome da cidade
- Digo para ver