terça-feira, junho 17, 2008

Agora em Roma

Ao contrário de Siracusa, onde o Sol todas as manhãs iluminava os nossos corpos, aqui em Roma, a chuva alterna com o Sol e entre os desejos de um e vontade de triunfar do outro vamos palmilhando Roma de lés a lés, na esperança de encontrarmos o melhor itinerário, restaurante, hotel, através do qual construiremos o programa das Matrizes Culturais Europeias em 2009.
Roma é uma cidade onde nos perdemos com tudo o que está fora de nós. Não sabemos para onde olhar: para a Igreja? Para aquele recanto que cruza com uma fachada de Bernini ? Para as lojas? Para os homens e mulheres? Para as praças? Jardins?
O efeito de querermos olhar para tudo simultâneamente deixa-nos bolímicos.
Hoje dedicámos o nosso dia a Caravagio e ao Extase de Santa Teresa de Jesus (Igreja de Santa Maria da Vitória) que Berbini esculpiu naquela que é considerada a mais nobre peça de escultura alguma vez talhada em mármore.
Espantam-nos os argumentos de quem ousa reflectir a Europa e o seu pensamento sem valências tão determinantes com o património legado pela cristandade: sejam os seus patriarcas, os seus exegetas, os seus missionários ou os seus artistas. Mesmo na obra de Caravaggio o que ficou de substâncial não é o retrato do sentir autêntico e profundo da Cristandade? Todos se lembrarão da narrativa da Conversão de S.Mateus...
Mas foi na Vila Farnesina que repousámos o nosso olhar sobre um dos mais belos frescos do Renascimento pintados por Rafael, Peruzzi e Piombo. De todos eles ficou para sempre gravado na minha memória o beijo dado por Júpiter ao Amor: indizível de tanta beleza.
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