O nosso primeiro contacto com Beijing 2008 fez-se na noite de 24 para 25 de Agosto de 2008 pelas 21:00, quando o comboio que nos trouxe da Mongólia, de Ulaan Baator, chegou a Erlian, a fronteira que separa os dois países, ao 842 km de Beijing.
Nessa altura, e como é hábito recebem-nos em parada, mais de duas dezenas de militares, perfilados a rigôr na plataforma da estação do comboio, enquanto o som do hino chinês sai dos altifalantes distribuidos ao longo da plataforma.
Erlian não era uma estação simpática. Ao contrário do que podemos ver nestas fotos de Maria Antónia Lemos, Erlian era uma estação escura com um edificio muito pobre, de poucas condições materiais (apenas dispunha de casa de banho e de supermercado) para onde as autoridades chinesas convidadam os passageiros do comboio até que se calibrassem de novo os carris à medida das ferrovias chinesas, enquanto se procediam aos tramites alfandegários, respectivamente, à conferência de vistos.
Desta vez, porém, Beijing 2008 mudou completamente a face do rosto de Erlian. Para muito melhor, claro. Erlian transformou-se numa estação simpática, cheia de cor e de luz.