segunda-feira, dezembro 17, 2007

Religiões

“As religiões universalistas-o Cristianismo, o Islão, o Budismo- dirigem-se a todos, qualquer que seja a origem dos crentes. São religiões que insistiram, cada uma, no valor da relação com o outro, quer seja o valor do amor pelo próximo, muito forte no Evangelho, ou a ideia de clemência muito forte no Islão. Estas religiões têm imensas virtudes, os seus vícios estiveram primeiro no seu monolitismo, ou fechamento, no sectarismo, na rejeição das outras religiões: vimos as consequências das cruzadas, que se arriscam a recomeçar. A meu ver, estas religiões deveriam ser capazes de se unir a partir do seu ponto comum: a universalidade, a solidariedade, a caridade, no sentido profundo da palavra “virtude” que vem do coração, da compaixão que pode desempenhar um papel muito fecundo para o nosso planeta. Será que as religiões, hoje, não correm o risco de continuar fechadas na sua pretensão a ser o absoluto?”

Morin, E.; Baudrillard, J. (s/d). A violência do Mundo, p. 75. Lisboa: edições Piaget

(citação enviada por Lurdes Fidalgo)
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