O Gosto do Chá foi uma viagem que levou mais de um ano a ser preparada. Discutimo-la passo a passo. A nossa interrogação fundamental era a seguinte: na India para trabalhar o diálogo intercultural mas a partir de que tema base? E lembro-me de não termos dúvidas na resposta: o CHÁ.
O chá como exemplo de um bem universalmente consumido pela comunidade dos homens, o chá como metáfora de construção de um diálogo entre o Oriente e o Ocidente, e entre nós e o Oriente, o chá como simbolo do encontro, festa da humanidade, ritual...
Tivemos muito medo de não conseguir pôr de pé este projecto. A rota do chá não era de fácil exequibilidade. E a logistica para colocar no terreno esta viagem foi das tarefas mais árduas que nós como grupo associativo alguma vez tivémos.
Estamos a 48 horas de viagem. Claro que muito fatigados mas profundamente orgulhosos da nossa obra.
Soubémos ainda ontem que vamos ter a possibilidade de nos encontrarmos em Kolkata, justamente na Obra de Madre Teresa da Calcutá, com alguém que viveu muito perto com esta mulher que todos os homens de boa vontade muito respeitam.
No Sikkim, como membros da Unesco, vamos partilhar uma experiencia de eco-turismo muito interessante que a Unesco desenvolve neste lugar; e em Darjeeling os Mosteiros budistas e as indizeveis paisagens vão ofuscar-nos a alma.
Em Deli vamos seguramente «rezar» a imensa humanidade do hinduismo e do islão.
Nós conseguimos o que nos propusemos fazer: contribuir com a centelha do nosso trabalho para o diálogo entre os homens das mais variadas religiões, condições e culturas. Tudo isto na India, ou melhor, tudo isto só foi possivel na India.
